Parnanguaras falam sobre como exercem o controle na hora das compras

O atual momento da economia pede prudência. Por isso, neste ano, muitas pessoas abriram mão do consumo exagerado por um controle maior das finanças a fim de que as dívidas não superem os ganhos do mês. A nova mentalidade do consumidor, por outro lado, tem prejudicado as vendas no comércio ao longo dos últimos meses, mas, em compensação, as pessoas, de um modo geral, se dizem mais tranquilas quando o final do mês chega.

Interessado na aquisição de um aparelho de som, o jovem morador na Serraria do Rocha, Lucas José, disse que está "namorando" um aparelho para a sala de casa já há algum tempo, mas a coragem para assumir o compromisso da compra só aconteceu quando o dinheiro, de fato, apareceu na carteira. “É uma questão de pura matemática, pois as contas precisam estar reduzidas para que novas aquisições possam ser feitas”, disse.

 

 

Como forma de conseguir um desconto nas compras, a tática tem sido o pagamento à vista para evitar que as parcelas comprometam o orçamento dos meses seguintes. “É a forma que encontramos para obter as coisas, agora se faz necessário esperar um pouco mais do que se adiantar e correr o risco de um endividamento futuro”, declarou.

O casal Neuza Patrícia e Abner Magalhães já se adaptou à nova realidade de consumo, pois ambos afirmam que os pés estão fincados no chão quando se trata de gastos com compras no comércio, principalmente sobre eletro e eletrônicos. “Infelizmente, hoje em dia, as coisas não têm a durabilidade de antigamente, o que faz com que haja rotatividade na compra do mesmo produto, mas só compro se houver muita necessidade”, afirmou.

Para Josiane da Silva e Helena de Castro, ambas residentes na Vila dos Comerciários, o que passou a contar no atual momento é a vontade de comprar ou de não querer ficar endividado. “Sou do time que opta pela segunda situação, que prefere evitar o endividamento a todo custo, mesmo que tenha que passar vontade”, observa Helena. Já a jovem Josiane diz que busca se controlar ao máximo para não sair da loja com umas sacolinhas a mais. “É aquela vontade de uma blusinha, de uma ou outra peça de roupa, mas o jeito é ficar na vontade mesmo e buscar o autocontrole”, contou.