Receita para viver bem

Eis uma receita colhida ao longo da vida que talvez ajude os nossos semelhantes a enfrentar os desafios que o dia-a-dia nos impõe. Quisera lhes dar uma receita de felicidade, mas duvido que alguém a tenha. Esta é baseada em experiência de vida que talvez lhe proporcione paz de espírito:

1º Não sofrer por antecipação. Quando algo está por acontecer, de nada adianta se afligir antes do tempo. Não ver desgraça ou tragédia no que vem, só porque ainda não se sabe o que é ou como virá. É o mesmo que se apavorar ante a iminência de tempestade. De nada adianta olhar para o céu negro e correr para debaixo da cama. Isso não vai tornar a tempestade maior ou menor. Mantenha-se com calma para tomar as providências adequadas no momento preciso. Ver-se-á que invariavelmente o medo foi muito maior que o mal em si mesmo.

2º Não ter medo de assumir uma postura pessoal por causa da frase covarde: “o que os outros não vão dizer?” Basear-se apenas na opinião das pessoas queridas: marido, esposa, pai, mãe, irmão… Não ter a pretensão de agradar a todos. Ninguém jamais conseguiu. Nem Jesus Cristo com sua enorme bondade escapou à sanha dos maldosos, dos invejosos, dos covardes. Haverá sempre alguém despeitado com o bom êxito de outrem, querendo denegrir o que de bom se esteja realizando. Todos conhecemos a fabula do sapo e do vagalume: um vagalume brilhava, brilhava, brilhava, quando, de repente, recebeu uma cusparada de um sapo.

– Por que cospes em mim?

– Porque brilhas!

Os sapos cuspidores pululam em torno de nós. Mas, se eles pudessem brilhar, não viveriam atolados na lama…

3º Ainda que se acalentem sonhos e bom gosto para as coisas belas que o mundo oferece, mas inacessíveis para nossas posses, é bom que se aprenda a amar o que se possui, revestindo de ternura todos os pequenos elementos do mundo circundante.

4º Não cultivar a inveja.  A pessoa invejada nem vai tomar conhecimento e o invejoso estará se envenenando por dentro e tornando sua casa um tugúrio de lamentações e descrença.

5º Busque-se nos momentos de vazio, a companhia de pessoas otimistas, dessas que não fazem de doenças e desgraça temas constantes de conversas, mas as que encaram a vida como um caminho iluminado e vêem o amanhã como um desafio a ser vencido para cuja vitória há chances iguais para todos.

 

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