Valmir Gomes

Valmir Gomes

Nos últimos dez anos, os jovens professores de futebol saíram dos bancos da faculdade e invadiram os clubes profissionais. Dos infantis até o...

O EXEMPLO DO LUXEMBURGO

Nos últimos dez anos, os jovens professores de futebol saíram dos bancos da faculdade e invadiram os clubes profissionais. Dos infantis até o time titular, tem sempre uma equipe de novatos dando as cartas dentro de cada comissão técnica. Os ídolos do passado, com toda experiência adquirida no mundo do futebol, foram perdendo espaço para os cientistas da bola. Ai de quem ousar tomar uma atitude conservadora, pois será chamado de retrógrado na primeira reunião. Esquecem os títulos conquistados, sabem pouco ou quase nada sobre Tele Santana, Muricy Ramalho, Rubens Minelli, Luís Felipe Scolari, Abel Braga, Mário Jorge Lobo Zagallo, Valdir Espinosa, para citar alguns que conquistaram títulos e foram até campeões do mundo. Todo este trabalho do passado brilhante foi simplesmente ignorado, dando lugar a uma nova filosofia que no seu todo não cabe no DNA do vitorioso futebol brasileiro. Quando vejo Cuca ser campeão do Brasil e da América, quando Levir Culpi repete o sucesso por onde passa, quando Renato Gaúcho recupera o Grêmio. Tenho certeza de que o nosso futebol precisa apenas de uma aproximação com a ciência, nada mais do que isto. Está aí o Wanderlei Luxemburgo que não me deixa mentir. Em pouco tempo de trabalho, ele recuperou o Sport da bela Recife. Os cientistas da imprensa andavam dizendo que ele estava superado, que seu tempo no futebol tinha acabado. Bastou uma oportunidade para provar o contrário. Luxemburgo mostrou que futebol se aprende no campo, longe dos bancos da faculdade.

 

LONDRINA E PARANÁ EM ASCENSÃO

Falar do futebol paranaense lembra de cara a dupla Atletiba, que anda mal no Campeonato Brasileiro. Por isto não podemos ignorar o Londrina e o Paraná Club, nossos representantes da segunda divisão. O Londrina, com sua sina de bons resultados fora de casa, foi enfrentar o Guarani em Campinas. Em uma reação espetacular venceu por 3×2 se aproximando do G4. Que venha o líder América. Já o Paraná Clube colocou 12 mil pagantes na Vila Capanema, e com uma atuação de gala meteu 4 buchas no Santa Cruz. Dando um salto na tabela. Seja pelo técnico novo, ou pelo apoio da grande torcida, o tricolor da Vila está em ascensão no campeonato. Na terça-feira, imagino atuação similar contra o CRB, com as arquibancadas lotadas novamente.

 

OPERÁRIO PONTA GROSSA EM ALTA

Todos sabem que sou torcedor do Grêmio e do Rio Branco. Não escondo de ninguém e isso nunca me causou problemas. Agora existem times que acompanho com simpatia, por sua história, organização e amizade. O Operário de Ponta Grossa, Londrina, Goiás, estão nesta lista. Domingo o Operário de Ponta Grossa recebeu o Espírito Santo, pela disputa de uma vaga da série D do Brasileiro para série C. Venceu no tempo normal e nas penalidades máximas. Se classificando para outra fase da competição. Nas arquibancadas, cinco mil torcedores, para comprovar que o povo de Ponta Grossa gosta de futebol e do centenário Operário. Boa sorte Fantasma, rumo à série C.

 

A FALA DO LEVIR CULPI

No mundo do futebol, ninguém diz a verdade publicamente, nem para o bem nem para o mal. Neste cenário ficam incluídos a imprensa, os diretores, as comissões técnicas, os jogadores, os empresários, os árbitros, os patrocinadores, enfim todos. Lógico, como em todo lugar existe a exceção. No último fim de semana, o curitibano Levir Culpi deu aula de brasilidade na sua entrevista. Criticou a imprensa, os políticos, a torcida, em defesa do futebol limpo, da educação, do bom senso, da moralidade. Parabéns, Levir, quem não deve não teme.

 

 

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