FORA DO COMUM
O Campeonato Brasileiro não está nem na metade e, como de costume, existe uma gangorra no G4, com exceção do líder Corinthians. Numa fase fora do comum, o time do Jadson faz uma campanha irrepreensível. Claro que vai ter seu momento de baixa, entretanto leva uma vantagem, difícil de ser alcançada a médio prazo. Enquanto isto, o Grêmio do Renato Gaúcho vai se comportando dentro da normalidade, na segunda colocação, Santos e Flamengo vêm logo atrás. Dos paranaenses, o Coritiba foi a grata surpresa da rodada, goleou o Avaí na Ressacada por 4×1, com uma atuação convincente. Já o Atlético foi goleado em casa pelo Cruzeiro, com vaias da torcida aos atletas e diretores. O novo técnico Fabiano Soares vai ter pouco tempo para montar o time e buscar a recuperação.
Quase não acreditei, li e reli a matéria da Tribuna do Paraná, de noite assisti à confirmação na TV. A nossa musa da Assembleia Legislativa, Deputada Estadual Maria Victoria, está no centro da polêmica por causa da festa do seu casamento. A causa? Problemas no local da festa, Palácio Garibaldi, no Largo da Ordem, região central de Curitiba. Não entro no mérito, nem me cabe saber se são legais ou não as obras feitas no referido local. O presidente da Sociedade Garibaldi, Walter Petruzziello, disse em alto e bom som o seguinte sobre o fato." Só existe polêmica, por causa da família da noiva ser política, se não fosse, ninguém falava nada". Maria Victoria é filha do Ministro da Saúde, Ricardo Barros, e da vice-governadora do Paraná, Cida Borghetti. Gente, o Petruzziello querendo defender a noiva botou lenha na fogueira. Qualquer cidadão sensato, vivendo esta tragédia sem fim da política brasileira evitaria ostentação. Seja ela qual fosse. Questão de bom senso, de inteligência. Neste momento de recessão e desemprego, você tomar conhecimento de uma festa para mil talheres lhe causa desconforto. Imaginem se a festa for de político. Bem, aí é desrespeito aos eleitores.
PÊNALTI
Dia destes teve uma rodada do Brasileirão que os goleiros deram show defendendo pênaltis. Fato que está virando rotina. Sabem por quê? Os goleiros durante a semana treinam muito mais que os batedores. Simples assim. No Coritiba, campeão brasileiro de 1985, o excelente goleiro Jairo tinha duas funções específicas. Ser reserva do grande Rafael e ser seu treinador. Anos depois, o fantástico goleiro Valdir de Moraes, do campeão gaúcho Renner de 1954, da Seleção Brasileira campeã do Pan-Americano de 1956 no México, e do grande time do Palmeiras daquela época, veio a ser o primeiro treinador de goleiros, especificamente falando do futebol brasileiro. Fez parte da qualificada comissão técnica do Paraná Clube, dirigida pelo professor de futebol Rubens Minelli, no início da década de 90. De lá para cá, os clubes adotaram o treinador de goleiros e a qualidade dos "guapos" melhorou barbaridade. A repetição do treinamento, aprimora o profissional, os goleiros sabem disto. Nem sempre os batedores de pênaltis, treinam durante a semana na mesma proporção. No esporte como na vida, não existe milagre. O sucesso vem do trabalho, o resto é perfumaria barata.