Valmir Gomes

ENSAIO SOBRE A CEGUEIRA

Nesta pandemia quase sem fim, lá se vão 12 meses, as autoridades buscam uma solução, temos paliativos.

ENSAIO SOBRE A CEGUEIRA

ENSAIO SOBRE A CEGUEIRA

Nesta pandemia quase sem fim, lá se vão 12 meses, as autoridades buscam uma solução, temos paliativos. Muitos remédios foram indicados, alguns com rejeição da própria medicina. Agora chegaram as vacinas, com certa desconfiança da população por causa dos rumores vindos da classe médica. Vejam que cenário de filme de terror estamos passando. No meio disto tudo, impedem o trabalho e liberam o futebol, como não lembrar da arte cinematográfica. Quando assisti ao filme Ensaio Sobre a Cegueira, baseado no livro do premiado José Saramago e dirigido pelo brilhante Fernando Meirelles, pensei, ficção e arte. Agora, vivendo a pandemia causada pela Covid-19 fico imaginado. Saramago e Meirelles são videntes, sabem das coisas. Pois bem, todos estão apreendendo com o momento mundial, ninguém ao certo tem a solução definitiva, somos reféns da Covid-19 e suas consequências. Não existe o dono da verdade. Agora nos proíbem do trabalho, como se esta fosse a varinha mágica da solução definitiva. Enquanto isto, os insensatos, como o Gabigol e tantos outros jovens endinheirados, festejam em locais proibidos, como se tudo estivesse normal. Estes sim são os causadores da propagação do vírus. Os sem-noção. Pagamos todos, até quando?

FUTEBOL EM TEMPO DE COVID-19

Fica difícil fazer uma projeção do campeonato Estadual ou dos nossos clubes na Copa do Brasil, podem ser realizados os jogos ou adiados, não existe certeza de nada no atual futebol. Arrisco que na quinta-feira teremos União MT X Coritiba, pela Copa do Brasil, em Rondonópolis. Há alguns jogos marcados pelo Estadual, prefiro aguardar e dar a vocês maiores detalhes na próxima coluna. É o futebol em tempo de Covid-19.

ANIVERSÁRIO DA ELIS REGINA

Ontem se viva fosse a extraordinária intérprete Elis Regina estaria fazendo aniversário, 76 anos, na fila da vacina contra a Covid-19. Acontece que Elis faleceu em 1982 com 36 anos no auge da sua carreira. O laudo acusa uma overdose, álcool e cocaína. O múltiplo Nelson Motta discorda. “Se esta mistura matasse, 80% dos artistas da MPB estariam mortos. Foi um acidente”. Seja a causa que for, perdemos uma intérprete extraordinária na flor da idade. Meu pai, seu Gomes, e o pai da Elis, seu Romeu, trabalhavam juntos na Fábrica de vidros Sul Brasileira no bairro Navegantes, em Porto Alegre. Além disso, moravam perto, isso me aproximou da Elis. Fui muitas vezes com ela e sua mãe ao Clube do Guri, programa de jovens calouros do Ari Rego com o patrocínio dos chocolates Neugebauer, na Rádio Difusora. Ela ganhava quase sempre. Depois nos distanciamos, ela se tornou um fenômeno da música, eu um vendedor de rolamentos e radialista em Curitiba. Hoje presto uma pequena homenagem a Elis Regina, gigante da nossa música. Luz no seu espírito, saudosa Elis.

MEU NETO MATEUS

Em tempo de Covid-19, todos ficam sensíveis, às vezes assistindo a uma reportagem na televisão ou lendo uma notícia, me pego com lágrimas nos olhos. Na terça-feira passada, o meu neto Mateus Quaresma Gomes fez 21 anos. Por causa da pandemia, não houve festa. Mateus é uma bênção de Deus para nossa família, é o neto que mais se parece comigo nas brincadeiras. Alegre, divertido, músico, puro, um jovem do bem. Claro, tem manias, muda de time toda hora, um melancia vira-casacas, joga bem, porém, tem uma preguiça que vocês nem imaginam. Quando vou caminhar com ele, parece um cavalo Normando, passos largos e rápidos, me deixa para trás. Assim é o Mateus, saúde e vida longa, meu querido.

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