Sob o Véu

O EGITO

Antonio Castaño Ferreira A história da Civilização Egípcia abarca um período de cerca de 10.000 anos. Os 3.500 anos, referentes ao período pré-histórico, assim como os períodos em que o ...

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Antonio Castaño Ferreira

A história da Civilização Egípcia abarca um período de cerca de 10.000 anos. Os

3.500 anos, referentes ao período pré-histórico, assim como os períodos em que o país esteve sob o domínio estrangeiro, não interessam diretamente à sua história. Sua civilização estendeu-se ao longo do rio Nilo pela facilidade de navegação que apresentava durante todo o ano e pela regularidade de suas inundações que, fertilizando suas margens, proporcionavam aí abundantes colheitas. As defesas naturais de seu território, cercado de desertos e de margens, numa época em que a navegação praticamente não existia, possibilitaram sua prodigiosa civilização. Concorreram, para que fosse conhecida sua história, dois fatores determinantes:

  1. A ausência de madeiras e demais materiais facilmente trabalháveis, comumente empregados em construção, o que lhes obrigou a empregarem a pedra em seus templos, túmulos, palácios e demais monumentos;
  2. Seu clima, excepcionalmente constante e seco, que preservou tudo que as areias encobriram, em sua forma primitiva. As demais construções residenciais feitas de barro, foram destruídas pelo tempo.

Reinaram durante o Período Histórico do Egito, 30 dinastias. As divisões estabelecidas pelos historiadores e arqueólogos, quanto a estas dinastias, se apoiam principalmente nos fragmentos da história do Egito, escrita em grego, por Maneto de Sebenito (Mantoth), Sacerdote de Heliópolis, em meados do século III a. C. Esta história, compreendia os fastos dos reis desde a 1ª dinastia até Alexandre Magno. Entretanto, desta obra chegaram a nossos dias somente transcrições referentes a um terço do original.

Possuíam os Egípcios profundos conhecimentos astronômicos, que lhes possibilitaram dividir o tempo de forma a que ora fazemos. Assim, seu dia tinha 24 horas, que subdividiam em minutos, segundos e terços de segundos. Sua semana constituída de 10 dias e o mês de três semanas. Seu ano inicialmente era constituído de 360 dias. Porém, no reinado de Pepi II, da VI dinastia, notaram que as estações já se achavam muito distanciadas das épocas devidas e então acrescentaram 5 dias complementares, que dedicaram ao aniversário de Osíris, Hórus, Seth, Ísis e Nethys, considerando, entretanto, estes dias de mau agouro. Dividiam o ano em três estações: a 1ª era Shat ou Ahket de 19 de julho a 15 de novembro, a época das inundações do Nilo; a 2ª de 15 de novembro a 15 de março; a 3ª de 15 de março a 13 de julho. Mais tarde, introduziram um dia de 4 em 4 anos devido ao acúmulo de erros entre o ano civil e o ano astronômico.

Segundo o estudo interpretativo dos hieróglifos, foi estabelecida a tradição de uma origem oriental para a Civilização do Egito. Dizem ter vindo do país de Punt,

provavelmente a Somalilândia uma invasão semítica. Supõem alguns egiptólogos que tivessem partido os invasores, que conquistaram o Egito no período que antecedeu as dinastias históricas da Antiga Caldeia, através do estreito de Bab-el-Mandeb. Outros dizem ter vindo os invasores através da península do Sinai. Existe ainda a tradição que diz serem os habitantes do Egito Pré-histórico, remanescentes da Atlântida, salvos da grande catástrofe que a destruiu. As escavações procedidas pelos arqueólogos no subsolo egípcio, trouxeram à luz do dia objetos do Período Paleolítico, tais como “achas”, machados de sílex e etc., o que prova ter havido aí povoações na Idade da Pedra Lascada. Em outras escavações foram encontrados objetos do Período Neolítico, em quantidade mais abundante, tais como pontas de flechas, objetos de uso doméstico, cerâmicas de fina grã, completamente modeladas à mão, sem o auxílio da pedra. Os Egípcios das primeiras dinastias acreditavam ser divina a origem do rio Nilo. Diziam ser um braço celestial que cercava toda a terra. Nilo parece derivar-se de Nakhal, palavra semítica que significa rio e que os gregos transformaram em Neiles, e os romanos em Nilus. A ação fertilizante de suas cheias influiu profundamente na Teogonia Egípcia, sendo adorado como um deus (o deus Hap ou Hapi). Celebravam festas no mês de junho, denominadas “As Noites das Lágrimas”, supondo que o pranto de Ísis, lamentando a morte de Osíris, era o que produzia a inundação.

A cronologia do Egito difere profundamente, segundo os diversos autores. No período Pré-histórico ou Pré-dinástico temos os “Reis Divinos”, post-atlantes; os “Reis Menfitas” adoradores de Seth; e os “Reis Shem-su-Her”, ou adoradores de Hórus, O período histórico está dividido em três partes. A primeira, chamada pelos historiadores de “Antigo Império” compreende as dinastias de 1 a 10. A 1ª dinastia, cujo rei foi “Menés” ou Menás (Manu), iniciou seu reinado segundo alguns egiptólogos cerca de 3.000 a. C. e segundo outros no ano 5.500 a. C. Dizem ter o país sofrido nesta época uma invasão vinda do oriente, que trouxe como benefícios, principalmente novos métodos agrícolas para o preparo dos campos e o cultivo dos cereais, a arte da fabricação do ladrilho e a arte de escrever. Segundo a tradição, foi Menés o fundador da cidade de Mênfis, a capital do Antigo Império. O reinado de Nefer-Ka-Ra-Humi, último rei da III dinastia, marcou o término do período arcaico. A IV dinastia marcou o advento dos grandes construtores e conquistadores. Krhfu ou Cheops, Khafra ou Chefren e Mankaura ou Mikerinos, reis desta dinastia, foram segundo alguns, os construtores das pirâmides que tomaram seus nomes. A 11ª dinastia marca o início do Médio Império que se estende até a 17ª dinastia. Seu 1º rei foi Antef, o grande. Sua capital foi Tebas. Apontamos como fato interessante que nos relata a história, a expedição marítima que organizou o último rei desta dinastia, a Somalilândia (Punt) em busca de grande quantidade de mirra e outras resinas balsâmicas, indispensáveis ao preparo das múmias. A 15ª e 16ª dinastias foram constituídas de Reis Pastores, os Hicsos, que invadiram e conquistaram o país. Nada

diz a história de feitos de valor durante o governo destes reis, o mesmo acontecendo com 17ª dinastia. A 18ª dinastia começou em 1.580 a. C. com Amasis I, ou Aahmés, libertador do Território Egípcio e fundador do Novo Império. Durante seu reinado, conquistou novos territórios na Ásia para o Império, incentivou o comércio, dando grande impulso às artes, às ciências e à literatura. Fez incursões na Síria onde conquistou os últimos baluartes dos Hicsos, os Reis Pastores, que continuavam a fomentar rebeliões. Sucederam-lhe reis e conquistadores que continuaram a manter forte o Império, entre eles Tutmosis III, que governou durante 53 anos, considerado pelos historiadores o maior de todos os reis do Egito.

Do nosso ponto de vista, entretanto, o maior deles foi Amenhetep-Neter-Heq- Uast, Amenofis IV, Khuenaten ou Kunaton, filho de Amenofis III e da rainha Taia, que reinou do 1.400 a.C. a 1.384 a.C. Sobre este rei falaremos detalhadamente em uma aula futura desta unidade. Sucederam-lhe Tutankhamen e Ai, seus genros, que desfizeram sua obra. Com o reinado militar de Harmahib, terminou o governo desta gloriosa dinastia. Na XX dinastia, Ramsés III pôs termos às desordens e ao feudalismo existente, combatendo vitoriosamente a confederação dos filisteus com os reis de Creta e Chipre. Cometeu, entretanto, o erro de doar aos sacerdotes de Amon-Rá, cerca de 15% da área do país, assim como grande quantidade de cereais, gado e escravos. Com sua morte, o governo caiu nas mãos dos sacerdotes, que impunham sua vontade aos reis fracos que lhes sucederam, de Ramsés IV a Ramsés XII. Somente o XII conseguiu impor-se, assumindo as prerrogativas reais. A XXIII dinastia segundo alguns historiadores foi simultânea com a XXII. Durante o reinado de Peta Bast, os Sacerdotes de Amon-Rá abandonaram Tebas estabelecendo-se em Nápata, ao pé da 4ª Catarata do Nilo, induzindo a Pianki, rei Sudanez a invadir o Egito a fim de conquistar Mênfis. Pianki realizou a aventura, regressando, vitorioso a Nápata, onde construiu um templo dedicado a Amon-Rá, com o produto do sangue que realizou no Vale do Nilo. A XXV dinastia (Etiópia) foi iniciada por um invasor etíope, denominado Shabako. Queimou vivo seu antecessor, estabelecendo um governo forte. Governou sobre o Egito e a Etiópia. Caracterizou-se esta dinastia pelas lutas com a Síria e a Fenícia e a derrota que sofreu o Egito na luta com a Assíria, passando para seu domínio.

A XXVI dinastia (Saita) iniciou com o reinado de Psametico I, 610 a.C., filho do governador assírio de Saís e de Mênfis. Conseguiu livrar o país do domínio assírio. Caracterizou-se esta dinastia por suas intensas lutas com os povos vizinhos e um verdadeiro florescimento das artes. Terminou esta dinastia com a derrota que sofreu seu último rei Psametico III, frente aos Persas dirigidos por Cambises, em Pelusium no ano 525 a.C. A XXVII dinastia caracterizou-se pelo domínio Persa que durou 110 anos. A XXVIII dinastia teve somente um rei, Armiteo ou Amyrtes que conseguiu livrar o país do jugo persa. A XXIX dinastia, que consta somente de três reis, nada apresenta de valor histórico. A XXX dinastia, também teve três reis, sendo o último Nectanebos II,

que fugiu covardemente para a Etiópia, quando da invasão do país pelas hostes de Ochus que dominou o Egito durante 8 anos. Depois da batalha de Ísis, em que Alexandre Magno destruiu o exército de Dario III, o jovem vencedor foi recebido em Mênfis, como salvador do Egito, fundando, em 331 a.C., a cidade de Alexandria. A XXXI dinastia, a dos Ptolomeus, foi estabelecida depois da divisão do Império de Alexandre por seus filhos, sendo entregue o governo do Egito ao general Ptolomeu Lago. Os Ptolomeus adotaram os costumes egípcios, respeitando a religião do país, sem, entretanto, permitirem aos sacerdotes imiscuírem-se em questões do estado. A língua oficial era o grego, sendo usada a língua egípcia somente para o culto religioso. Houve, durante esta dinastia, 24 reis. Terminou-a Ptolomeu XVI, Cesar, filho do ditador romano e de Cleópatra, eliminando a última aparência de independência depois da derrota de Marco Antonio por Otávio, em Actium, no ano 30 a.C., passando o Egito a ser uma província romana.

O DOMÍNIO ROMANO

Durante este domínio, nenhum fato histórico de valor se passou no Egito, além das contínuas lutas e perseguições religiosas. Durou cerca de 670 anos, de 30 a.C. a 640 de nossa era. O domínio árabe abrange os dois períodos da história, conhecidos como Idade Média e Idade Moderna, isto é, de 640 a 1805, sendo conhecido na história do Egito, como o domínio do Califado. No período contemporâneo, ressurge o Egito Moderno com Mahemet Ali.

ARQUITETURA

Do período arcaico pouco resta em estado de ser apreciado além dos túmulos e monumentos. As primeiras residências eram cabanas ovaladas, cobertas de cana ou junco assentadas nas paredes laterais de barro e no centro em uma coluna, que geralmente era um tronco de palmeira. As residências que lhe seguiram eram mais perfeitas. Os edifícios mais antigos que se conhecem no Egito são os túmulos, as fortificações de Ábidos e a pirâmide em degraus de Sahkarat, construídos de tijolos pelo rei Tcheser da III dinastia. A maior parte dos templos que encontramos no Egito foi construída durante o Novo Império e foram, sem dúvida, destruídos durante a invasão dos Hicsos, os Reis Pastores. Os templos do Novo Império apresentam colunas lavradas em baixo relevo, pintadas em cores vivas, como vermelho, azul, amarelo e verde. Os motivos principais dos relevos eram os feitos gloriosos dos reis que mandavam construir os edifícios. Durante a dinastia dos Ptolomeus, como nas últimas dinastias que lhes antecederam, o motivo religioso era o único empregado pelos decoradores.

AS ARTES

No antigo Egito, as artes estiveram sempre ligadas à religião e às conquistas dos seus reis. Além da arquitetura monumental, destaca-se a escultura, a pintura mural e a cerâmica. Todos os túmulos dos reis têm suas paredes decoradas em baixo relevo, narrando suas vidas e seus feitos gloriosos. Os sarcófagos dos reis e grandes dignatários, descobertos nas escavações, apresentam suas faces finamente esculpidas, representando quase sempre as feições do extinto com uma fidelidade admirável. Os objetos de cerâmica encontrados nestes túmulos atestam a perfeição com que modelavam a cerâmica e o conhecimento da pintura a esmalte.

USOS E COSTUMES DO ANTIGO EGITO

Baseados nos tesouros e inscrições encontradas nas escavações e túmulos egípcios, chegaram os arqueólogos e historiadores a reconstruir, de forma quase perfeita, a civilização daquele país, chegando com detalhes seus usos e costumes. Sobre o casamento, por exemplo, era comum realizar-se entre irmãos. Não adotavam a poligamia, mesmo quando esta não era proibida. A esposa era encarregada da direção da casa, tendo aí toda autoridade. Os Ptolomeus, apesar de sua origem grega, adotaram os costumes egípcios quanto ao casamento. O matrimônio era, principalmente, um convênio econômico, procurando os reis casarem-se com mulheres de fortuna para melhor assegurar seus direitos no trono. As crianças, já naquele tempo, possuíam brinquedos semelhantes aos atuais. Revelam este fato, as descobertas de túmulos, onde foram encontradas bonecas, elefantes, gatos, leões e outros animais com as mandíbulas móveis; além de bolas de papiro macerado, de couro, cheias de palha. As de classes elevadas, recebiam instruções nos colégios. O conhecimento dos escribas não era comunicado a qualquer pessoa; só o transmitiam a seus filhos, pois era uma chave que abria as portas aos melhores empregos. Os escribas se instruíam nas escolas dos templos, copiando e comentando os textos. Nas escolas do estado, os alunos aprendiam tudo o que se referia ao cuidado e irrigação das terras, agrimensura, aritmética, geometria e redação de correspondência oficial. A educação e instrução das escolas sacerdotais, eram bem diferentes. Ensinava-se aos neófitos os arcanos mágicos, cosmogonia, os textos religiosos, anais dos reis, os processos de embalsamamento e o significado do Livro dos Mortos. A vestimenta usada tanto pelos homens como pelas mulheres era de linho, pois que a lã era considerada “suja”. Suas sandálias eram feitas de tiras de palmeira trançada, ou de pele de gazela, ou de cabra. Cobriam a cabeça com o toucado característico, tão conhecido de todos pelas estampas de personagens do Egito. Os homens de posição usavam um bastão e os magnatas e grandes da corte usavam um colar de ouro, que era uma autêntica condecoração, pois indicava a hierarquia junto ao Faraó. Tanto os homens quanto as mulheres usavam toda a sorte de joias. As mulheres usavam pintura nos olhos, no rosto e nas unhas. A alimentação do povo humilde consistia de

pão de centeio e de vegetais. O leite era alimento comum a todas as classes. As frutas e as carnes, eram abundantes na mesa dos abastados. Não davam nenhum valor ao peixe, nem ao porco; este último o consideravam um animal imundo. A bebida nacional, por excelência, era a cerveja, aromatizada com várias plantas que substituíam o lúpulo. As classes ricas bebiam vinho de uvas fermentadas de certa classe de palmeiras. A caça e a pesca era o desporto predileto dos abastados. Entre as demais diversões dos egípcios, conta-se a dança e a música. Entre os jogos mais populares encontra-se uma espécie de damas, jogado em um tabuleiro algo diferente do atual, sendo também conhecido o jogo de dados. Usavam os egípcios, para escrever, pedaços de papiros, palheta, penas de canas, tinta e tinteiro. As folhas de papiros eram confeccionadas com o talo da planta do mesmo nome.

Conta a literatura egípcia, com várias obras, entre as quais, as mais importantes são: O Perem-rbu, o Livro dos Mortos, e Livro das Súplicas, ambos atribuídos a Thoth, o escriba dos deuses; as Lamentações de Isis e Nephtys; As Litanias de Seker; Que Floresça meu Nome, escrito durante a dominação romana, extraído de uma extensa súplica, conhecida desde os tempos da VI dinastia e o Livro da Travessia da Eternidade. Além destes papiros de textos religiosos, existe uma coleção muito grande de hinos, tratados de geometria; a série interminável de relações que existem entre os elementos da grande pirâmide quanto à geometria, atesta plenamente o profundo conhecimento que os egípcios tinham desta ciência. Pode-se presumir que o mesmo acontecesse com a aritmética. Os direitos dos homens e mulheres eram os mesmos desde os primeiros tempos históricos, podendo a mulher exercer qualquer cargo público até a própria investidura real. A influência semítica introduziu no Egito a poligamia, sendo constatados inúmeros casos em escavações de túmulos de reis, encontrando-se as múmias da primeira mulher “Nebtpa” e de outra proveniente de um casamento de segunda ordem. O adultério era punido com penas severas, tanto no homem como na mulher. Durante o período em que vigorou a poligamia, devia o homem, ao contratar o segundo casamento, dar uma indenização à sua primeira mulher. O divórcio antes da vigência do contrato oral, era pouco comum.

As terras pertenciam ao Estado que outorgava ao cidadão o direito de utilização das mesmas, não, porém, o de propriedade. Quanto ao direito penal, vemos no Egito o extremo rigor na punição dos crimes. Era cominada pena de morte para o perjuro e

o assassino. O falso testemunho tinha como pena a extirpação das orelhas e do nariz. A falsificação de documentos e a espionagem eram punidas com o corte das mãos e da língua. Para os crimes menores usavam a tortura e exigiam o juramento de não reincidência na falta. A justiça era feita no Tribunal Supremo por um Presidente e 30 juízes, escolhidos entre destacados homens de Heliópolis, Mênfis e Tebas. A queixa, o julgamento e a sentença eram verbais, nada havendo escrito.

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Maria Heiffer

Redatora, formada em Letras Português desde 2019 pela Unespar, estudante de jornalismo e revisora de textos acadêmicos. Atuou como redatora em editora e em rádio. Desempenha suas funções na Folha do Litoral News como Microempreendedor Individual (MEI).