O Marujo

Por Fora Bela Viola, por Dentro Pão Bolorento

A triste realidade do Palácio São José exposta pelo prefeito Adriano Ramos

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Dizem que a casa é o espelho de seus moradores. Se isso for verdade, o Palácio São José, sede da Prefeitura de Paranaguá, é o reflexo perfeito de uma cidade abandonada à própria sorte. Com o teto caindo, pombos como inquilinos não convidados, banheiros em condições tão precárias que fariam um boteco de beira de estrada parecer um spa, e salas de trabalho que mais lembram cenários de filme pós-apocalíptico, o prédio da “Prefis”está mais para um símbolo de descaso do que para o orgulho da cidade.

O prefeito Adriano Ramos, acompanhado da vice-prefeita Fabiana Parro, decidiu chamar a imprensa para uma espécie de “tour do terror”. E foi impactante. Salas trancadas, alagamentos, a retirada da internet porque, claro, trabalhar sem Wi-Fi é o sonho de qualquer servidor público e quadros históricos jogados como entulho foram alguns dos destaques dessa tragicomédia municipal.

Adriano e Fabiana, com rostos que misturavam indignação e vergonha, questionaram como era possível que, durante oito anos de gestão anterior, essa degradação tenha sido ignorada. A sala da vice-prefeita, por exemplo, não pode nem ser chamada de sala. “Sou uma vice-prefeita sem teto”, ironizou Fabiana. Já imaginou receber um deputado estadual em um lugar que parece saído de um episódio de Caçadores de Relíquias Perdidas? Pois é, ela também não teve coragem.

Dois pesos, duas medidas

A coletiva terminou no gabinete do prefeito, uma espécie de oásis em meio ao caos. Ar condicionado, cadeiras confortáveis, televisor moderno… Até café tem! Só faltou uma plaquinha na porta dizendo: “Aqui é permitido ser feliz”. Mas, como o próprio Adriano apontou, por que o prefeito merece conforto enquanto os servidores trabalham em ambientes insalubres? É uma pergunta justa, ainda que a resposta talvez inclua um espelho.

E a cidade?

Se a casa do prefeito está assim, imagine as condições lá fora.

Paranaguá, que deveria ser uma cidade à altura de sua importância histórica e econômica, parece estar vivendo uma novela trágica escrita por roteiristas muito preguiçosos.

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Marujo

Navegador dos Sete Mares, bem-humorado e com certa dose de picardia