O Marujo

PEGOU FOGO NO CABARÉ

Verdades e/ou Estratégias Eleitorais? Ou os dois?

xs d95e

Mal começaram as trocas de farpas entre candidatos, e uma rádio comunitária local decidiu acender o fósforo num verdadeiro barril de pólvora. Com uma programação matinal carregada de insinuações e denúncias, os apresentadores se encarregaram de incendiar o debate político, deixando a população em dúvida sobre o que é verdade, o que parece ser, e o que é estratégia eleitoral. Se há algo de real nas acusações, que a rádio divulgou fez o seu papel, é caso para a polícia, Ministério Público e Justiça no âmbito criminal. Mas o que chama atenção é o timing dessas denúncias: sempre no período eleitoral.

Agora, convenhamos, parece que todo ano é a mesma história. O candidato A diz que o candidato B roubou, o candidato B diz que o candidato C tem um segredo obscuro, e por aí vai. É quase como assistir a uma novela mexicana, com direito a reviravoltas e revelações bombásticas. E quem precisa de Netflix, ou da “NetBagre” quando possivelmente teremos um “reality show”.

A pergunta que não quer calar é: a quem interessa esse tipo de conteúdo? E por que essas denúncias não surgem antes das campanhas políticas? Será que os escândalos ficam guardados em uma gaveta especial até que o calendário eleitoral dê a sua bênção? Parece que sim! Afinal, o oportunismo eleitoral parece ser a chave para entender essa questão.

Enquanto isso, nós, o público, ficamos aqui, como espectadores de um drama de quinta categoria. A narrativa que se constrói nas manhãs da rádio é instigante, mas também levanta suspeitas sobre o timing das informações. No fim das contas, a pergunta que deveríamos nos fazer é: estamos sendo informados ou apenas entretidos? A verdade é que ficamos presos num jogo de interesses que pouco se importa com a verdade, mas sim com a manipulação do eleitorado.

Cabe à justiça investigar e esclarecer os fatos. E cabe a nós, eleitores, analisar criticamente o que nos é apresentado, discernindo entre a verdade e as manobras eleitoreiras. Afinal, o “fogo no cabaré” pode ser mais do que um espetáculo passageiro; pode ser a faísca que revela as verdadeiras intenções por trás dos discursos inflamados. E quem sabe, um dia, poderemos assistir a um debate político que não pareça um episódio de um seriado.

A rádio cumpriu o seu papel, o timing, talvez não seja o mais adequado.

Paranaguá precisa de proposta. De projeto de governo. Precisamos de um candidato preparado para assumir uma prefeitura. Política é muito mais sério que nós imaginamos.

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Marujo

Navegador dos Sete Mares, bem-humorado e com certa dose de picardia