O Marujo

Freud explica?

Ou Precisamos Declarar Guerra à Burrice e às Histerias Políticas?

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Se Freud estivesse vivo e fosse convidado para analisar o ambiente político de Paranaguá, provavelmente pediria duas coisas: um bom sofá para deitar e um Engov para aguentar o tranco. O mestre da psicanálise, que já decifrou complexos como o de Édipo e os impulsos do inconsciente, certamente teria dificuldades para explicar certas postagens de políticos e seus seguidores nas redes sociais, além dos seus asseclas, isto é, gente inconformada que perdeu o cargo e as regalias.

Vivemos tempos em que a histeria virou assunto de Facebook e a desinformação se espalha mais rápido que boato de boteco. Paranaguá, cidade centenária, berço do nosso desenvolvimento portuário, agora assiste a um espetáculo de egos inflamados, discursos confusos e fake news dignas de roteiro de novela de quinta categoria.

Freud dizia que o ser humano age por pulsões inconscientes. No caso de alguns políticos e seus seguidores, a pulsão mais evidente é a necessidade de lacrar mesmo sem saber a diferença entre “mas” e “mais”. O resultado? Textões confusos, promessas mirabolantes e a velha estratégia de transformar qualquer crítica em ataque pessoal. Afinal, se alguém questiona um projeto duvidoso, a resposta não é apresentar argumentos, mas sim chamar o crítico de inimigo da cidade.

E o que dizer da histeria política? Um simples comentário no Facebook pode virar um surto coletivo, onde cada um se acha o Freud de si mesmo e diagnostica o adversário com problemas psicológicos. “Fulano é autoritário!”, “Sicrano é um sociopata!”, “Beltrano tem complexo de vira-lata!” e assim seguimos, com análises tão profundas quanto uma poça d’água.

Freud, se pudesse, talvez sugerisse uma terapia coletiva para nossa classe política e seus asseclas. Mas como isso parece improvável, só nos resta uma alternativa, declarar guerra à burrice e à histeria, torcendo para que, um dia, o debate público em Paranaguá seja guiado por razão e não por surtos emocionais dignos de um estudo de caso na psicanálise.

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Marujo

Navegador dos Sete Mares, bem-humorado e com certa dose de picardia