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Maçonaria

Ano Novo, vida nova

Reiteramos que o Maçom não deixa de perceber a vibração extraordinária destes dias, e vive natural e plenamente tais momentos, tanto quanto qualquer outra pessoa

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Normalmente representado como tendo duas faces, uma olhando para o passado e outra para o futuro, Jano (Janus, em latim) era o deus pagão romano das mudanças e das transições, associado também a duas portas, uma de entrada e uma de saída. Era o deus dos inícios, das decisões e das escolhas. Não por acaso, de “jano” vem “janeiro”, o primeiro mês de cada ano no calendário cristão, e que simbolicamente carrega em si as mesmas características atribuídas à divindade romana. 

É cultural e tradicional, portanto, que nestes dias, de forma individual e coletiva, as pessoas em geral sintam mais fortemente a sensação de passagem do tempo e de alternância de ciclos para, tal e qual Jano, olhar para trás e para frente ao mesmo tempo, refletindo sobre o que tem sido possível fazer, o que não tem sido, e quais os planos para o futuro. Já observamos aqui que essa reflexão, análise e programação não deixa de ser um planejamento estratégico individual, que coletivamente é importante para mover, mais ou menos devagar, o progresso da humanidade ao longo do tempo.

Reiteramos que o Maçom não deixa de perceber a vibração extraordinária destes dias, e vive natural e plenamente tais momentos, tanto quanto qualquer outra pessoa. A diferença, para ele, é que tem como dever constante revestir-se das faces de Jano para refletir em busca do progresso próprio e da Sociedade, não atrelado a momentos específicos do calendário. “Não há necessidade de datas para nos renovarmos”, afirma a psicóloga, psicotraumatologista, escritora e palestrante Soraya Rodrigues de Aragão no artigo “O fechamento de um ciclo é sempre uma oportunidade de renascimento interior”, publicado em 2015 (psicologia.pt).

“A vida é a nossa grande mestra. Tudo o que nos acontece, está de algum modo nos favorecendo, seja para nos melhorarmos, seja para nos despertar da nossa zona de conforto, ou mesmo para adquirirmos alguma habilidade ou mudarmos algum aspecto. O propósito é sempre o aprimoramento”, afirma a autora, que indica a oportunidade: “Quando a vida nos sinaliza que um ciclo está se fechando, aceite o fato e aproveite para renovar suas esperanças, oportunizando-se a gerar novos propósitos e projetos de vida.”

Ainda: “O fechamento de um ciclo nos oportuniza revisar, ressignificar e dar um novo sentido à própria vida, colocando em prática um novo projeto de acordo com a nossa realidade e necessidades. Permanecer em um ciclo que já fechou é altamente desgastante, além de se pagar um alto preço por isto. Estar aberto, disponível e receptivo para novas oportunidades e experiências é o que a vida nos propõe ao fim de cada etapa. Muitas vezes não estamos vivendo, mas vivenciando uma sobrevida, e não é isto o que queremos. Queremos ter uma vida plena e de qualidade, portanto deixar ir o que já está carcomido não é sinal de covardia, e sim de coragem. Coragem para dar um novo passo. Coragem para continuar a ter fé na vida, apesar de tudo.”

Uma vida plena e de qualidade é uma vida feliz, e já indicamos aqui que a busca da felicidade humana deve amparar-se em três princípios: amar a Deus, amar ao próximo e ter curiosidade intelectual pura. Algumas condutas desejáveis, que indicamos antes, também podem bem auxiliar a configurar um novo ciclo feliz: afastar as pessoas que pregam divisão e desarmonia, reunindo os que unem e aproximam; propagar a verdade e manter-se isento de vícios e atribulações; e “defender a verdade, a justiça e a liberdade contra tudo e contra todos, lutando contra a tirania e o abuso de poder”.

Com base em artigo publicado em psicologia.pt e no livro “Maçonaria – a filosofia do conhecimento”, de João Francisco Guimarães. 

Responsável: Loja Maçônica Perseverança – Paranaguá – PR ([email protected])

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