Instituto Histórico e Geográfico de Paranaguá

Oportunidades de lazer e aprendizagem

Durante o verão muitas pessoas dirigem-se ao litoral para ter momentos de lazer junto a amigos e familiares.

Durante o verão muitas pessoas dirigem-se ao litoral para ter momentos de lazer junto a amigos e familiares. Sem dúvida é maravilhoso descer a Serra do Mar com todos os seus encantos, presenciar quedas d’água, riachos, montanhas e vegetação exuberante, além de pássaros como as saíras sete cores.
Na obra de FREITAS (1999) há o seguinte comentário: “A baía de Paranaguá, circundada pela planície costeira até encontrar os contrafortes da Serra do Mar, obstáculo natural que limita e separa o litoral do primeiro planalto, recortada de majestosos e caprichados arabescos, fascinando a imaginação, tem uma paisagem tranquila, serena, destacando-se o céu sem limite, o volume das águas e o verde lindo da Mata Atlântica”.
Enfim, o cenário não poderia ser melhor e, aliado a isso, existem histórias fantásticas a aprender.
VIANA (1971) conta que uma vez Paranaguá elevada à categoria de Vila, em 1648, cada vez mais precisava transpor a Serra, porém, o único acesso era realizado pelos caminhos indígenas. Movidos por uma vontade extraordinária começaram os parnanguaras a fazer incursões pela água em canoas, atingindo o rio Nhundiaquara até alcançar Porto de Cima. Depois, pela picada do Itupava, ladeando o rio São João conseguiam transpor o Ladeado e, montanha adentro, conseguiam alcançar São José dos Pinhais e depois Curitiba.
Realmente essa informação aguça nossa imaginação, pois não havia àquela época a tecnologia hoje existente e é certo que houve muito sacrifício.
VIANA (1971) ainda comenta que com a abertura da Estrada da Graciosa por Antonina houve uma melhora na comunicação entre o litoral e o Planalto, no entanto, não foi o suficiente, pois o progresso exigia mais e, então, começaram as ações para concretização de uma via férrea. Diz ele que o próprio Engenheiro Antonio Rebouças, que se notabilizou na construção da Estrada da Graciosa, percebeu que esta não bastava e foi em busca de concessões para a construção de uma Estrada de Ferro entre Antonina e Curitiba. 
Outros Engenheiros em Paranaguá também trabalhavam com a mesma finalidade: Pedro Aloys Scherer, José Gonçalves Pêssego Júnior e José Maria da Silva Lemos.
Continuaremos na próxima semana.

Guadalupe Vivekananda Fabry
Presidente – IHGP

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