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Instituto Histórico e Geográfico de Paranaguá

A alegria de servir – Dr. Simão Aisemann

“Existe a alegria de ser bom e o prazer de ser justo. Existe, sobretudo, a sublime e imensa alegria de servir.” Gabriela Mistral

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Em todas as épocas e em todos os tempos encontramos exemplos vivos e marcantes de pessoas que, inteiramente, se dão à alegria de servir. Homens e mulheres que constituem a memória de um povo jamais serão esquecidos pela gente humilde pelo que, direta ou indiretamente, fizeram em benefício de muitos.

Em todas as camadas sociais encontramos exemplos destes abnegados servidores. Dão-se ao seu mister, em apostolado, esquecendo-se de si próprios, abdicando da fama e da fortuna. É dentro desta máxima “a alegria de servir” que, modestamente, pretendo discorrer.

Muitos são os nomes que me afloram à memória e que, não me faltará oportunidade para enaltecer o trabalho desenvolvido por eles.

Durante 42 anos ele exerceu seu apostolado. Nascido em Curitiba em 16 de março de 1915, foi na Capital que cursou o primário, o secundário e ingressou na Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Paraná.

Quando concluiu seu curso superior em 1938, já estava traçado seu caminho à cidade que tanto amou e a quem devotou seu trabalho — Paranaguá.

Em janeiro de 1939, tomando a litorina, embarcou para Paranaguá, no exercício de sua recém-iniciada profissão de médico. E foi, nesse apostolado, que desenvolveu 42 anos de “alegria de servir”.

Nomeado para a Caixa de Aposentados Marítimos veio para Paranaguá temeroso. Era-lhe estranho o lugar que o acolhia.

Aqui iniciou sua carreira como profissional da Medicina buscando sempre a fonte de paz e da sabedoria ao servir seus semelhantes com os instrumentos e conhecimentos que tinha em mãos.

Foi para todos e, principalmente para os mais humildes, que seu trabalho humanitário se desenvolveu.

A gente humilde, que nunca tem com quem contar, podia contar com ele. Não importava a hora, o momento que o chamassem para atender; não importava se tinham ou não com o que lhe pagar; se chovia ou se fazia sol, somente pedia a companhia de Deus e lá ia a salvar uma vida de criança, de gente moça ou de pessoas de idade avançada, porém, o seu carinho maior era para com as crianças.

Cargos por ele exercidos foram muitos. Entretanto não era o que mais importava. O que realmente importava era o cumprimento de seu dever como médico.

Paranaguá, através de seus legisladores, deu-lhe o título de Cidadão Honorário. Um modesto gesto de gratidão para quem deu de si tudo em prol dos necessitados, aflitos e desvalidos.

Pelo sucinto relato destas nobilíssimas qualidades, já podemos divisar a figura deste ser incomparável, indivisível, único neste mundo conturbado, calculista e, extremamente cifrável.

É deste médico cognominado “pai dos pobres” que estamos falando: Dr. Simão Aisemann.

Professora Lúcia Helena Freitas da Rocha

Conselheira IHGP

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