Não é de agora que o dono da Construtora Valor, empresa investigada por desvio de verbas de obras de escolas, Eduardo Lopes de Souza, afetuosamente conhecido como Dudu no PMDB, teve contratos com o governo do Paraná através de outra empresa, a EGC Construtora e Obras, que abandonou serviços de esgoto que prestava em Curitiba e região na metade do contrato, firmado com a Sanepar. O contrato de R$ 2,8 milhões era de um ano, mas a empresa prestou serviços apenas durante quatro meses.
Agra, pasmem. Uma das empresas emergencialmente chamadas pela Sanepar para assumir parte dos serviços abandonados foi a Valor Construtora, na época Valor Locação de Máquinas e Equipamentos. Conforme registro na Junta Comercial do Paraná, a Valor Construtora, aberta em setembro de 2010, tinha apenas uma proprietária, Vanessa Domingues de Oliveira, que afirmou em depoimento à Polícia Civil que era laranja de Souza. Já no registro da EGC, cuja falência foi decretada em 2014, Souza consta de fato como sócio.
Pelo contrato firmado em julho de 2010, no governo de Roberto Requião, com a Sanepar, a EGC ficaria responsável, pelo período de um ano, pelos serviços de manutenção e conservação periódica das estações de tratamento de esgoto em 25 cidades, incluída Curitiba. Mas, em janeiro de 2011, o contrato foi rescindido a pedido da empresa, alegando que não tinha como realizar os serviços contratados.