Desde Jaime Lerner, os cidadãos que ocupam a ribalta da política nativa só conseguem imaginar movimentos e saídas experimentados no passado próximo e remoto. Nenhuma criatividade. Mas o tempo ficou propício à desmistificação. Vivemos um momento de revelação. Além da mediocridade, faltam partidos ideologicamente definidos e modernamente concebidos, conforme se demonstra até pelo fato de que, às vésperas da campanha eleitoral, dispomos de candidatos que não sabem se vão com a direita ou com a esquerda.
Há candidatos que dizem que o importante não é a legenda ou o partido, ou mesmo o grupo. Importante é ele mesmo e seu programa de governo. Vivemos, ainda, em preto e branco. Enquanto o drama narrado pela Lava Jato se desenrola, fala-se em coligações de centro, juntando centro-direita, centro-esquerda, centro-centro. Há tucanos, requianistas e petistas à espera que Osmar Dias não se acerte com a direita para tê-lo como genuíno candidato.
Cadê o PT?
Uma curiosidade: cadê o PT no interior do Paraná? Ninguém sabe. É igual visitar um cemitério. Onde estão enterrados os cafajestes?
Clown
Uma coisa é certa: o Paraná, com todas as suas debilidades no campo da política, vai encerrando uma fase marcada por uma geração cujo maior representante é hoje um clown que procura se manter à tona fazendo piadas no Twitter.
Perto do acerto
O time de Requião renovou esperanças na aproximação do Duce e Osmar Dias. Se baseiam nas pesquisas de opinião para garantir que a dupla, bem unida, se torna invencível.
Filho do ódio
Autor do best-seller "A Elite do Atraso", o sociólogo Jessé Souza afirmou, em Curitiba, que a candidatura de Jair Bolsonaro é subproduto da cultura do ódio, introduzida pela associação entre Globo e Lava Jato, que criminalizou a política.
Banalização
O sociólogo interpreta que o Poder Judiciário e a mídia convenceram a classe média da necessidade de fazer uma “limpeza social”, o que banalizou os discursos de violência e segregação. “Bolsonaro é filho legítimo do casamento entre a Lava Jato e a Rede Globo”, afirmou.
Gleisi se defende
Diante da pesada acusação de desvios de dinheiro público para a sua campanha, o que pode lhe render a perda de mandato, dos direitos políticos e até alguns anos de prisão ou tornozeleira, Gleisi Hoffmann se vira nos trinta. Convocou a militância para defendê-la. O argumento repetido é que “se há crime, que se apresentem as provas”. E juram que a Justiça está sendo usada para se praticar a injustiça no País.