Foi-se 2017. Acabou sem merecer foguete, sem luar, sem violão. E não guardem esperanças fundas sobre 2018. Iniciaremos novo ano e o calvário será o mesmo. Há 14 milhões de brasileiros desempregados que levam uma vida de tormento silencioso e diário, enquanto os donos do governo fazem tudo o que podem para manter o mundo da produção paralisado e sem oportunidades. O Brasil chegou aos 60.000 homicídios por ano — e responde por 10% de todos os assassinatos cometidos no mundo. Não há esgotos. Filas nos postos de saúde. Gente morrendo nos corredores de hospitais públicos à espera de um médico que não vem. Não virá. É o caos, mas os barões, duques e arquiduques que controlam as decisões públicas se matam para ganhar seus joguinhos nos tribunais e em outros terreiros de disputa. Estão cegos.
Pressa
O governo quer apressar a aprovação do projeto de lei orçamentária na Câmara, na semana que vem. Acha que a mobilização dos parlamentares em torno do orçamento, pode garantir quórum para votar a reforma da Previdência.
Lá fora
As selfies feitas por policiais civis do Rio, posando, com colete à prova de balas e metralhadoras, com direito até a sorrisos, ao lado do chefe do tráfico da Rocinha, Rogério 157, ganharam espaço em jornais das Américas e da Europa. No Brasil, foram estampadas na primeira página de todos os principais jornais de vários Estados. Até a CNN International exibiu as fotos na televisão, com críticas e até deboches.
Metrossexual
O chefe do tráfico da Rocinha, no Rio, preso esta semana, era considerado um metrossexual: cabelos bem cortados unhas feitas e perfume. No momento de sua prisão, estava usando novos jeans, cinto e relógio Rolex. Para quem não sabe: o apelido 157 é uma referência ao artigo do Código Penal que se refere a roubo, por onde começou sua carreira criminal.
R$ 2 trilhões
O impostômetro da Associação Comercial, em São Paulo, acaba de atingir a casa dos R$ 2 trilhões de impostos, taxas e contribuições pagos pelos brasileiros. No ano passado, o placar só atingiu essa marca no dia 29 de dezembro.