Enquanto os senadores decidiam o futuro do tucano Aécio Neves, aqui a política local esquentavam os conflitos que ainda virão. O sonho de Requião é fazer dupla com Osmar Dias para as eleições do ano que vem. Não há alternativa para ele, que é aliado do PT, de quem recebe rejeição que acumula com a sua. As duas juntas se transformam em veneno letal. Ninguém que tenha alguma relevância quer se associar a Requião.
No desespero, Requião tenta agora prestar algum serviço a Osmar Dias, opondo-se a Ratinho Jr. Com os sensores bem ajustados, o time de Ratinho diz que as piadas e vídeos de outros carnavais usados por Requião fazem mais mal a Osmar do que outro adversário. Aliás, pelas qualitativas de Ratinho Jr, nada faz mais dano à imagem de Osmar Dias do que uma aproximação de Requião.
Como diz um deputado das hostes palacianas, Requião sonha e cai do cavalo. Não há espaço para ele nem ao lado de Ratinho, muito menos de Osmar, que foge dos esquerdoides como quem foge da cruz.
CPI indigesta
A CPI da Carne Fraca que está em gestação na Assembleia Legislativa poderá fazer danos insanáveis no PMDB nativo que é guiado, desde sempre, por Requião et caterva.
Foco no PMDB
As investigações feitas até hoje apontam para vultos eméritos do time de Requião. Ele próprio pode ser chamado a depor e, como senador, terá o privilégio de recusar. Mas perante a opinião pública será um desastre.
Lava Jato perde
Coordenador da força-tarefa da Lava Jato, o procurador Deltan Dallagnol teme que, depois da decisão que beneficiou Aécio Neves, a Suprema Corte altere a regra sobre a prisão de condenados em segunda instância, para deter a punição de réus ilustres, entre eles o ex-presidente Lula.
Explica-se
“O receio é que, conforme a investigação tenha se dirigido a uma totalidade de partidos políticos, a políticos relevantes de todo espectro ideológico exista uma espécie de freio por parte do Supremo Tribunal Federal, impedindo a responsabilização de pessoas poderosas”, disse,
Requião hard
Crítico ferrenho do atual governo, o senador Roberto Requião (PMDB-PR) manifestou sua posição favorável ao afastamento do senador Aécio Neves (PSDB-MG), flagrado em gravação da JBS pedindo propina de R$ 2 milhões ao empresário Joesley Batista, sócio da empresa.