A oposição, na falta de argumentos, cria factoides para atingir o governador Beto Richa. O especialista é o senador Requião. O último é a surrada notícia de que Richa vai privatizar as estatais, especialmente a Sanepar. Notícia tão verdadeira quanto o resultado das eleições na Venezuela ou a da cura definitiva da Aids.
Não há nada de concreto ou aventado como sugere a matéria “Governo do Estado quer passar empresas para iniciativa privada”, divulgada por blog e imprensa nativa e repercutida pelo senador Roberto Requião, ainda no PMDB, e assemelhados.
O Paraná não vai privatizar nenhuma empresa pública enquanto Beto Richa for governador. A notícia original é clara em afirmar que “não há projetos em análise para o Estado do Paraná”, conforme afirmação do BNDES.
O acordo de cooperação técnica assinado pelo Paraná com o BNDES foi firmado por outros 14 Estados brasileiros e possibilita ao banco fazer estudos de concessão na área de infraestrutura. Alguns Estados em situação econômica difícil, como é o caso do Rio de Janeiro, pretendem privatizar sua empresa de saneamento. Mas não é o caso do Paraná. É bom repetir: não é o caso do Paraná.
Outro factoide
O juiz Sergio Moro cancelou a audiência em que Osmar Dias seria ouvido como testemunha sobre acusações de corrupção contra Aldemir Bendine. Ora, pois, Osmar Dias teve brevíssima convivência com Bendine quando este assumiu a presidência do Banco do Brasil. Osmar era vice. Acontece que as supostas falcatruas de Bendine nada têm a ver com o Banco, mas sim com a cobrança de propinas na época em que Bendine era presidente da Petrobrás, onde deitou e rolou.
Safra macabra
O juiz federal Sérgio Moro, dos processos da Operação Lava Jato, em Curitiba, condenou 109 pessoas em três anos e sete meses de escândalo na Petrobrás. É o resultado de 35 processos em primeira instância julgados por ele – que atua exclusivamente na Lava Jato, desde 2014.
Alto coturno
Entre os condenados por Sergio Moro estão importantes figuras de alto coturno na República, como o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (9 anos e 6 meses de prisão), os ex-ministros Antonio Palocci (12 anos e 2 meses) e José Dirceu (32 anos) e o empresário Marcelo Odebrecht (29 anos e 4 meses).