O Conselho Político de Osmar Dias está em assembleia geral permanente há dias. Presidido pelo prefeito de Pato Branco, o tucano Augustinho Zucchi, mantém movimentado o endereço da Rua da Glória. Há certa tensão. Osmar Dias precisa decidir de vez em que partido vai disputar a eleição para governador no ano que vem. Há três opções:
1 – Ficar no PDT e arrostar com os efeitos colaterais da sigla que apoia Lula, mas tem Ciro Gomes como candidato à presidência e, mais grave, tem Carlos Lupi como presidente nacional, um fardo e tanto para carregar.
2 – Atender ao apelo do irmão Alvaro Dias e migrar para o Podemos, tentando construir uma frente a partir da nova sigla. Difícil tarefa, mas mais difícil ainda seria romper ou afastar-se do irmão.
3 – Passar para o PSB, aliar-se de vez ao governador Beto Richa, depois de convencer o irmão Alvaro Dias que se trata apenas de uma flexão tática para viabilizar a sua candidatura.
São as opções, a não ser que dilatem o prazo.
Requião na liça
A entourage de Requião reuniu-se, fez algumas constatações e tirou conclusão: como não há ninguém na oposição e a “direita” está dividida, as chances de Requião vencer para um quarto mandato são grandes.
Três governistas
Os três candidatos a governador já em campanha são do campo governista. Ratinho Jr, Cida Borgheti e Osmar Dias são apoiados pelo governador Beto Richa.
Aperta o cerco
Ontem, o deputado Alexandre Curi esteve com Osmar Dias no tugúrio da Rua da Glória. Foi renovar o convite para Osmar entrar no PSB. Argumentou que migrando para o Podemos, Osmar queimaria as caravelas e dificilmente voltaria a bons termos com Beto Richa. Ou seja, não teria apoio político nenhum a agregar a não ser o do seu irmão.
Balançou
Osmar Dias ouviu e, segundo a avaliação dos presentes, balançou. Mas depende de conversa com o irmão Alvaro, que o quer no Podemos e não admite acordos com Beto Richa. A questão é essa: Osmar conseguirá convencer Alvaro Dias de que precisa de outra engenharia política que não a do podemos para ganhar competitividade.
