Fábio Campana

Os radicais em Curitiba

A campanha eleitoral desaguou em manifestações radicalizadas nas ruas

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A campanha eleitoral desaguou em manifestações radicalizadas nas ruas. Ontem foi o dia de Curitiba. Os dois presidenciáveis que polarizam esta disputa com insultos, pedradas e até tiros de lado a lado, estiveram em Curitiba. Bolsonaro e Lula. Este encerrou sua desastrada caravana pelo sul na Praça Santos Andrade. Bolsonaro passou, foi recebido por multidão no aeroporto, desancou o adversário e foi a Ponta Grossa. Volta hoje, com um slogan de Jânio Quadros, diz que vai varrer a corrupção.
 

Tudo pode mudar

Neste ano eleitoral, tudo pode mudar em horas. Exemplo disso é o até agora poderoso chefe da Casa Civil, Valdir Rossoni, que deu com os burros n’água. Bateu de frente com a procuradora Geral da República, Raquel Dodge, que o denunciou por peculato – por 15 vezes – devido à nomeação de “servidores fantasmas” para o gabinete dele quando era deputado estadual, entre 2003 e 2011. A denúncia foi apresentada ao STF, em Brasília, porque o acusado tem direito a foro privilegiado por ser agora deputado federal. Caso a corte acate os argumentos da PGR, Rossoni se tornará réu e inelegível.

 

Reincidente

Dias antes, Rossoni já havia sido condenado pelo juiz da 1.ª Vara da Fazenda Pública de União da Vitória por abuso de poder para garantir a eleição do filho Rodrigo a prefeito de Bituruna. Na denúncia, Raquel Dodge afirma que o esquema de Rossoni consistia em nomear para cargos comissionados pessoas que sequer sabiam que haviam sido designadas para o cargo no gabinete do deputado. Familiares que não exerciam efetivamente a função e pessoas que não prestavam serviço à Assembleia. Ainda segundo ela, algumas pessoas de fato trabalhavam, mas entregavam grande parte do salário a Rossoni por meio de intermediários. Ainda havia funcionário que prestava serviços particulares ao tucano.

 

Irmãos rompidos  

Alvaro Dias encerrou de vez seu esforço para convencer o irmão Osmar a se filiar ao Podemos. Desistiu e diz que será impossível “trocar apoios” porque Osmar permanece no PDT. “E apoio clandestino” não é apoio verdadeiro, concluiu Alvaro em entrevista. 

 

Cada um na sua

Na verdade, tratava-se de um ultimato. Alvaro deu um prazo máximo para que Osmar deixasse o PDT e fosse para o seu partido, sob sua asa. O prazo terminou na segunda-feira, ao meio-dia. Caso aceitasse o convite-ultimato, Osmar teria, segundo o irmão, a presidência do Podemos no Paraná e poderia se candidatar ao que quisesse. Mas necessariamente ele teria de assinar a ficha em Brasília até o dia 26, que já passou. Depois disso, Alvaro entenderia que ele estava disposto a permanecer no PDT. Foi o que aconteceu. 

 

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