Enquanto você dormia, os deputados federais aplicaram mais uma treta sobre nós, os contribuintes. Às vésperas do prazo final, aprovaram o texto-base de um projeto que cria um fundo eleitoral para financiar as campanhas com recursos públicos. A estimativa é que esse fundo tenha cerca de R$ 1,7 bilhão em 2018.
Pela proposta aprovada, o fundo será composto por:
1) 30% do total das emendas parlamentares de bancada constantes da Lei Orçamentária Anual. Os recursos abastecerão o fundo exclusivamente em ano eleitoral. As emendas de bancada consistem em indicações feitas pelos parlamentares de um estado para aplicação de recursos do Orçamento da União em obras e serviços no Estado deles;
2) Montante referente à isenção fiscal das emissoras comerciais de rádio e TV que veicularam, em 2017 e 2016, a propaganda partidária, exibida fora do período eleitoral e que será extinta. O horário eleitoral gratuito ficará mantido.
Precavidos
O PSDB decidiu retirar da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) o deputado Bonifácio de Andrada (MG), escolhido para ser o relator da segunda denúncia contra o presidente Michel Temer. Para tentar conter os desgastes com o episódio, os tucanos pedirão que outro partido ceda uma vaga ao parlamentar, o que permitiria que ele desempenhe essa função.
Nem a pau
Osmar Dias só tem duas opções de partido para disputar o governo no ano que vem. Ou fica no PDT ou vai para o Podemos do mano Alvaro Dias. A segunda hipótese é quase certa. No PSB, nem a pau.
Apenas testemunha
Antes que o equívoco se propague, um esclarecimento. Osmar Dias ligou à coluna para dizer que o juiz Sergio Moro o convocou, mas apenas para dar seu testemunho e não como indiciado no processo em que o ex-presidente do Banco do Brasil, Aldemir Bendine, é acusado de corrupção no âmbito da Lava Jato.
Bernardo, de novo
A primeira turma do STJ vai deliberar sobre o prosseguimento de uma ação civil pública a que o ex-presidente responde por má administração do erário, junto com seus amigos Guido Mantega e Paulo Bernardo.
Pendenga
A pendenga passa pela aplicação dos recursos do Fundo Penitenciário Nacional (Fupen), criado para financiar ações de modernização das cadeias brasileiras.
Alvaro na presidência
Se as eleições fossem hoje, o senador Alvaro Dias, do Podemos, seria o presidenciável com maior número de votos na cidade de Cascavel. Na disputa pelo governo do Paraná, a liderança seria de seu irmão, o ex-senador Osmar Dias, do PDT.