A agência de classificação de risco Standard & Poor’s (S&P) melhorou a avaliação do Brasil, após o anúncio da nova meta fiscal e do pacote de corte dos gastos públicos: retirou a nota de risco soberano do status de observação negativa (Credit Watch negativo), mantendo a nota de crédito do País em moeda estrangeira e local em “BB”. Com a melhoria de posição, o Brasil ficou a apenas dois patamares abaixo do grau de investimento (selo de bom pagador).
Apesar do afastamento do risco de um rebaixamento no curto prazo, a S&P manteve a perspectiva negativa para o rating do Brasil em razão dos desafios políticos ainda existentes. A observação negativa ocorreu após as delações dos irmãos Batista envolvendo o presidente Michel Temer. Apesar da piora da meta fiscal, agência avaliou em comunicado que a economia brasileira dá sinais de estabilização, "apesar da política fluida".
"O Congresso aprovou uma reforma trabalhista em julho, e o governo permanece comprometido a promover uma reforma da previdência que contenha o crescimento da despesa", destacou a S&P.