Fábio Campana

É hoje o dia

Hoje saberemos se a sentença que condenou o ex-presidente Lula a nove anos e tanto de cadeia por corrupção será confirmada, ou não

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Hoje saberemos se a sentença que condenou o ex-presidente Lula a nove anos e tanto de cadeia por corrupção será confirmada, ou não, no tribunal superior para o qual ele apelou. Com isso vai se encerrar, enfim, o segundo ato desta comédia infeliz. Sabe-se que Lula não será preso. Poderá interpor embargos, apelar e tentar levar a farsa até outubro.  Se confirmada a sentença, será dado mais um passo no desmanche da maior obra de empulhação já montada até hoje na história política deste País.
Essa farsa se deve à seguinte realidade: nada do que existe em relação a Lula é genuíno, verdadeiro ou sincero. Lula se apresenta como um operário, mas já passou dos 70 anos de idade e não trabalha desde os 29. Representa o papel de maior líder de massas da história do Brasil, mas não pode sair à rua há anos, com medo de ser escorraçado a vaias, ou coisa pior. 
O “irmão” do brasileiro pobre é um milionário — e, como diz a líder de um partido rival de extrema esquerda, ninguém pode ser metalúrgico e milionário ao mesmo tempo. 

Mãe dos ricos

Lula vive denunciando as diferenças entre ricos e pobres, mas nenhum presidente brasileiro enriqueceu tanto os ricos quanto Lula — e justo aqueles que tiram suas fortunas diretamente do Tesouro Nacional. Os pobres ficaram com o Bolsa Família. A Odebrecht ficou com as refinarias, os “complexos” petroquímicos, os estádios da Copa do Mundo, os portos em Cuba. 

Bravata, muita bravata

Todo mundo sabe que Lula não será preso amanhã. Pode ser condenado, mas não será preso. Mesmo assim tem gente que se ocupa do expediente para arrumar um jeito de distrair a massa, comandar o show e ter cinco minutos de herói. João Pedro Stedile, do MST, berrava no microfone em Porto Alegre: “Eu já disse ao Lula: ‘Se inventarem de te prender, nós levaremos para São Bernardo 10 mil militantes, cercaremos o sindicato [dos Metalúrgicos do ABC] e lá não vai passar ninguém”.

Dilma  defende Lula

“Essa história do Donald Trump e, no Brasil, do [apresentador Luciano] Huck é que é o absurdo da análise política. Para que querem que nós tenhamos um plano B? Se tivermos um plano B estamos fazendo o trabalho que eles querem por eles. Por que vamos tirar o Lula do pleito por uma acusação da qual achamos que ele é inocente? Para ganhar a eleição? Que eleição que importa alienar um líder do tamanho do Lula por uma acusação? Que covardia é essa?”.

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