Após 8 anos, o Ministério Público Federal denunciou 72 ex-deputados que gastaram, em média, R$116 mil em passagens aéreas, totalizando custos de mais de R$8 milhões. Os valores até são interessantes, mas irrisórios se comparados aos gastos anuais de mais de R$ 47,5 milhões dos deputados federais com passagens. Se incluir as diárias, que são associadas às passagens, somente em 2017 foram R$ 107,1 milhões.
Em 2017, até agora, o recordista em gastos com passagens aéreas é Vander Loubert (PT-MS): suas 364 viagens custaram R$ 309 mil. No caso ocorrido há 8 anos, o MPF acusa o ex-deputado Henrique Lima de gastar R$ 245 mil na compra de 434 passagens. Ilderlei Cordeiro, com 388 passagens a R$248 mil, e Nilson Mourão, com 355 bilhetes a R$229 mil, fecham o “top 3” da denúncia do MPF.
A ONG Política Supervisionada denunciou 178 parlamentares e 42 fornecedores suspeitos de irregularidades com passagens desde 2014.
“Quem acompanha a trajetória do PT, e de sua militância, há muito se deu conta que existe um clima de mundo paralelo entre seu discurso e sua prática. Condenados por crimes contra o erário podem ser saudados, desde que não quebrem a lei do silêncio, como “heróis do povo brasileiro”. Evidências esmagadoras de corrupção tendem a ser apontadas como resultado de nebulosas conspirações direitistas”. Avaliação de Ademar Traiano, PSDB, presidente da Assembleia.