Na contramão da história
Depois de agredir Sérgio Moro e a Lava Jato, o senador Roberto Requião, do PMDB, agora está à frente das articulações para manter na presidência do Senado Renan Calheiros (PMDB-AL). Ele já conversou com seu partido e agora tenta alinhar a minoria e a oposição da Casa. Argumenta intromissão institucional e a gravidade da decisão do Supremo.
Requião é um dos senadores que estão reunidos com Renan na presidência do Senado. Para levar o caso ao plenário, seria necessário garantir uma maioria de apoio, avaliam senadores mais próximos a Renan. Admitem, porém, que ele tem perdido aliados nos últimos tempos com reações intempestivas como a que teve na semana passada, quando tentou bancar uma votação relâmpago do pacote anticorrupção desfigurado pela Câmara.
Renan já havia se negado a receber a intimação na noite de segunda-feira, 5, quando, horas depois da decisão do STF, um oficial da Justiça o abordou na residência oficial da presidência da Casa. O senador havia concordado em ser notificado somente ontem, no Senado. O afastamento de Renan foi decidido em caráter liminar pelo ministro Marco Aurélio, do STF. Se o peemedebista for mesmo afastado, assume o cargo o primeiro vice-presidente da Casa, o senador petista Jorge Viana (AC).
Cida na estrada
Durante o encontro de prefeitas e prefeitos eleitos em Foz do Iguaçu, a vice-governadora Cida Borghetti avisou a várias lideranças que irá iniciar no ano que vem um giro pelo Paraná. A meta é ousada, visitar todos os 399 municípios do Estado. A vice-governadora aceitou o convite do Partido Progressista e é candidata ao governo em 2018.
Gleisi na chincha
Mesmo que o PT apoie o senador Eunício Oliveira (PMDB-CE) para o comando do Senado no ano que vem, o governo não quer o partido na presidência ou vice-presidência de comissões importantes, como a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), onde reina Gleisi Hoffmann. O Planalto teme que um petista bem colocado atrapalhe o andamento das coisas no momento em que serão votados temas delicados, como as reformas da Previdência e a trabalhista.
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