Apesar da oposição
O Paraná está com as contas em dia, diferentemente dos outros Estados em crise pelo atraso no pagamento do funcionalismo público. Nós temos que obedecer à lógica da dinâmica da economia. Nossa economia está em recessão, há uma queda de receita. O Estado paga os salários em dia, antecipa o 13.º e cumpre com a promessa das promoções e progressões. Mesmo assim não faltará quem tente mobilizar movimentos de rua para contestar o governo. Agora, imaginem. Se a APP governasse, o Paraná se chamaria Rio Grande do Sul.
Responsável por ajustes nada populares, que lhe custou agressiva reação dos partidos de esquerda e das corporações do funcionalismo, o governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), não precisou ir a Brasília para pedir ajuda do Governo Federal. Não vai ceder às corporações, hipótese que levaria o Estado à situação idêntica ao Rio Grande do Sul, que pede falência. Ou do Rio de Janeiro, que expõe a absurda deterioração de sua economia com ajuda da corrupção. Richa arcou com as consequências e fez o ajuste fiscal, medida amarga e quase sempre evitada pelos políticos. Mas os resultados estão aí, embora toda a caterva lulopetista não queira vê-los.
Odebrecht entrega
O empresário Marcelo Odebrecht e mais de 60 funcionários da Odebrecht assinam o acordo de delação premiada com procuradores da República em Brasília e em Curitiba, responsáveis pelas investigações da Operação Lava-Jato. Delatores e advogados de boa parte dos investigados estão em Brasília desde ontem para concluir a negociação que se arrasta desde o início do ano. Os acordos têm potencial para colocar a República em xeque. Os delatores fizeram acusações contra líderes de todos os grandes partidos da base governista e da oposição. Pelo menos 130 políticos, entre deputados, senadores, ministros, ex-ministros serão atingidos.
Acima do teto
Levantamento recente mostrou que 89% dos magistrados no âmbito federal e 76% na esfera dos tribunais estaduais receberam pagamentos acima do limite nos últimos meses. A concessão de indenizações e benefícios questionáveis, como auxílio-moradia, acaba por inflar os salários muito além do teto.
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