Gleisi boicota
Senadores da oposição preparam uma guerra de opinião contra a PEC do teto dos gastos, que é prioridade para o governo do presidente Michel Temer. Com pouca esperança de conseguir atrasar o cronograma estipulado pelo presidente Renan Calheiros, que definiu o dia 13 de dezembro como votação final da proposta, os senadores esperam mobilizar a sociedade por meio de audiências públicas.
A presidente da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), Gleisi Hoffmann (PT-PR), quer realizar ao menos oito. Ela já articulou o apoio do Conselho Nacional de Economia, que enviará representante para falar contra a PEC.
O senador Romário, que preside a Comissão de Educação, pretende também realizar audiências. Os senadores esperam que a pressão pública sirva para barrar a proposta do teto dos gastos.
Requião ferrado
O senador Roberto Requião (PMDB) poderá se aposentar depois da eleição de 2018, caso saia candidato à reeleição. O resultado eleitoral do partido na eleição municipal de 2016 foi pífio, apesar de conquistar 77 cidades e 43 com a vice. O resultado ficou aquém do esperado. O problema de Requião é que a legenda venceu em colégios pequenos, o que não ajudará muito no projeto de ficar mais 8 anos em Brasília.
Uma opção
A melhor opção para Requião é tentar uma cadeira na Câmara Federal onde a concorrência é menos acirrada. O peemedebista não conseguiu emplacar representante nas principais cidades do Paraná, como Curitiba, Maringá, Londrina, Ponta Grossa ou Foz do Iguaçu e ainda enfrentará o desgaste de ser do mesmo partido de Michel Temer.
Palocci agora é réu
O juiz Sérgio Moro aceitou denúncia contra o ex-ministro Antônio Palocci, por corrupção e lavagem de dinheiro, pelo repasse de US$ 10,2 milhões feito pela Odebrecht ao marqueteiro do PT João Santana. Esta é a primeira ação na qual o ex-ministro se torna réu na Lava-Jato. Ele é acusado ainda pela força-tarefa do Ministério Público Federal em Curitiba de ter movimentado R$ 128 milhões em propinas destinadas ao PT pela Odebrecht.
Tem mais
Palocci também é alvo de investigações por ter negociado propina das obras da Usina Hidrelétrica de Belo Monte para o PT e PMDB.
PT ficou nanico
Confira as evidências de que o partido de Lula foi abandonado por milhões de eleitores inconformados com a corrupção institucionalizada e com a crise econômica. Por Augusto Nunes.
1. Em 2012, o PT foi vitorioso em 638 municípios, cujas populações somavam 38 milhões de pessoas. Neste ano, venceu em apenas 254, habitadas por 5,9 milhões de brasileiros.
2. Nove partidos elegeram mais prefeitos que o PT.
3. Rio Branco, no Acre, será a única capital governada por um petista nos próximos quatro anos.
4. Com exceção de Rio Branco, o PT perdeu a eleição em todas as cidades brasileiras com mais de 200 mil eleitores.
5. Os sete candidatos do PT que chegaram ao segundo turno foram derrotados.
6. No ABC paulista, berço do PT, nenhum candidato do partido foi vitorioso.
7. Por falta de convite, Lula não participou de um único comício durante o segundo turno.
8. A pedido do candidato João Paulo, Lula ficou fora da campanha no Recife, única capital em que o PT disputou o segundo turno.
9. Eleitora em Porto Alegre, Dilma Rousseff desistiu de votar neste domingo por falta de candidato.
10. Eleitor em São Bernardo, Lula desistiu de votar neste domingo por falta de candidato.
MST na prisão
A Polícia Civil do Paraná deflagrou no início da manhã de hoje, em Quedas do Iguaçu, a “Operação Castra” para prender quatorze pessoas de uma organização criminosa suspeita de furto e dano qualificado, roubo, invasão de propriedade, incêndio criminoso, cárcere privado, lesão corporal, porte ilegal de arma de fogo de uso restrito e irrestrito e constrangimento ilegal. Os alvos da operação são integrantes do Movimento Sem Terra (MST), entre eles um vereador eleito em 2016 que tomará posse no próximo ano e um dirigente nacional do movimento.
Da selvageria
Um grupo de mascarados ocupou o prédio histórico da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Nele, funciona a faculdade de direito da UFPR. Os manifestantes bloquearam o acesso ao prédio, com correntes e cadeados. Testemunhas dizem que várias salas foram depredadas. Este é o oitavo prédio da UFPR ocupado. Estudantes da instituição têm protestado contra as medidas tomadas pelo governo Temer, entre eles, a votação da PEC 241, que institui o teto de gastos no serviço público federal.
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