Passado a limpo
Com o impeachment de Dilma Rousseff e o julgamento de Eduardo Cunha, o Brasil fecha um ciclo político e institucional. As mazelas não foram de todo escoimadas. Há muito trabalho, ainda, para a Lava Jato, que prorrogou seu prazo por mais um ano. E há outras frentes de investigação da corrupção que se tornou a marca principal da vida política brasileira.
Eduardo Cunha é o exemplo da desfaçatez. Depois de conseguir, com manobras regimentais e apoio de aliados, arrastar por 11 meses o processo por quebra de decoro parlamentar, o ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), enfrenta o julgamento da cassação de seu mandato pelo plenário da Casa. Até domingo, trezentos e um deputados revelaram que votariam a favor da perda do mandato do peemedebista, e outros 181, apesar de não declararem o voto, confirmaram presença em Brasília para garantir quórum.
Cunha, que já foi o homem mais poderoso da República, tem o apoio declarado de apenas quatro parlamentares. Voto aberto, exibido no painel. Sem chances.
Cresce a greve
Em Curitiba e Região, das 532 agências bancárias, 302 estavam fechadas ontem. Na semana passada, eram 268, segundo o balanço do Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região. No Paraná, houve aumento de 183% no número de agências fechadas em relação ao primeiro dia de greve, na terça-feira, 6. Mais de 14 mil trabalhadores aderiram ao movimento em 683 agências fechadas e em oito centros administrativos.
Pedidos
A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) propôs reajuste de 7% no salário e R$ 300 a mais no abono. Os cinco maiores bancos do País lucraram R$ 70 bilhões em 2015 e, ainda assim, demitiram mais de dez mil funcionários.
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