Muito leal, mas…
Em política, lealdade é coisa sempre relativa. O presidente da Câmara, por exemplo, tem garantido o sono de Michel Temer. Ele confia que Rodrigo Maia jamais se associaria a qualquer esquema para desestabilizá-lo, mesmo sendo o sucessor imediato. Maia se equilibra entre não precipitar a queda de Temer e preservar sua autoridade perante os deputados. Porém, outro fator retarda a cristalização de consenso em torno dele: o mercado teme que o seu pai, César Maia, não resista à tentação de influenciar a política econômica.
Como todo intelectual que “se acha”, Cesar Maia, o pai, poderia meter o bedelho e provocar a saída de Henrique Meirelles de Fazenda. A preocupação é preservar Henrique Meirelles na batuta da economia, como uma das últimas amarras de credibilidade do arranjo de poder. Além de sucessor imediato, em eventual vacância da presidência, Rodrigo Maia é o mais cotado para suceder a Temer pela via indireta. Na viagem de Temer a Moscou e Oslo, Rodrigo se esforçou muito para não demonstrar que estava adorando os encantos da interinidade.
Rocha Loures devastado
Quem esteve com Rodrigo Rocha Loures na carceragem da Polícia Federal se impressionou com o estado de espírito do deputado. Está devastado. Nem podia ser diferente.
PDT estrila
O líder da bancada do PDT na Assembleia Legislativa, deputado Nelson Luersen, subscreveu documento elaborado por deputados do bloco independente e da bancada de oposição, que pede ao Procon investigação sobre o recente aumento de 8,53% das tarifas de água cobradas pela Sanepar, com autorização da Agência Reguladora do Paraná (Agepar).
Rápido, rápido
A sabatina no Senado de Raquel Dodge, indicada para o cargo de procuradora-geral da República, será antes do recesso parlamentar, com início programado para o dia 17 de julho. Após sabatina na CCJ, a indicação de Raquel Dodge precisa ser aprovada pelo plenário do Senado. O senador Roberto Rocha (PSB-MA) será o relator da indicação de Raquel Dodge para o cargo.