Fábio Campana

Fábio Campana

A sensação é que todos nós nos encontramos como a ingênua Alice, personagem inesquecível de Lewis Carroll. Ao deslizar pela abertura da...

Agonia sem fim

A sensação é que todos nós nos encontramos como a ingênua Alice, personagem inesquecível de Lewis Carroll. Ao deslizar pela abertura da toca do Coelho Branco, em uma descida que parecia não ter mais fim, ela medita: “ou este poço não tem fundo, ou esta queda não tem fim”. Alice caiu, de repente, sobre um monte de folhas secas. A descida tinha terminado. Ela estava no País das Maravilhas. Terra do Chapeleiro Maluco, da Lebre de Março, do Gato Caçoador. Resta ver em que latitude e longitude cairemos nós todos, neste longo mergulho buraco adentro. Insuportavelmente longo, uma agonia sem fim.

Política virou caso de polícia. O principal tema das conversas em qualquer ambiente é a corrupção. Espalhou-se a crença de que a lassidão moral é um fenômeno generalizado. A sociedade estaria completamente minada. Há movimentos dedicados a demonstrar que a política patina eticamente e de imediato apresenta saídas estapafúrdias, de diretas já a regime fardado.

Não, obrigado

Convite para jantar no Palácio do Planalto já foi mais disputado. Onze governadores recusaram o jantar do presidente para tratar de assuntos econômicos e de apoio ao seu governo. São eles: Beto Richa (PSDB-PR), Camilo Santana (PT-CE), Confúcio Moura (PMDB-RO), Flavio Dino (PCdoB-MA), Paulo Câmara (PSB-PE), Paulo Hartung (PMDB-ES), Renan Filho (PMDB-AL), Ricardo Coutinho (PSB-PB), Rui Costa (PT-BA), Wellington Dias (PT-PI).

Sob ameaça

O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que o ex-deputado federal paranaense Rodrigo Rocha Loures (PMDB) seja removido do presídio da Papuda e retorne à carceragem da Superintendência da Polícia Federal em Brasília. A decisão foi tomada após pedido da defesa, que alegou que o peemedebista estaria sendo alvo de ameaças de morte.

Cuspindo fogo

“Nada a estranhar sobre apoio do PSDB a Temer, afinal são a mesma coisa, unos e indivisíveis. Vão à mesma pizzaria e cabem na mesma mala”, disse Requião, cuspindo fogo contra Temer e tucanos que selaram acordo ontem. Os tucanos continuam no governo. Ele parafraseou narrativa da PF que narra o ex-deputado Rocha Loures saindo de uma pizzaria com uma mala com R$ 500 mil de propina da JBS.

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