Tapa no focinho
Nestes tempos bicudos de Lava Jato, político comprometido perde as estribeira com grande facilidade. Quer um exemplo? Ontem, o senador Requião deu uma entrevista à rádio Gaúcha. Quando o jornalista Luciano Potter perguntou-lhe se ele estava comprando carnes no Uruguai, Requião reagiu dizendo que daria “um tapa no focinho” do repórter e desligou o telefone. Roberto Requião provavelmente entendeu que a pergunta era sobre a JBS. Assim caminha a humanidade. O senador que luta contra o abuso de autoridade da Lava Jato, gasta o seu autoritarismo doentio sempre que tem oportunidade, especialmente contra a imprensa. Sem dúvida, é o paranaense mais rude, tosco e agressor que temos na política. Cabe a pergunta: ele te representa? Requião não está só. Gleisi Hoffmann é a própria loira à beira de um ataque de nervos. Líder do PT no Senado, a marrenta senhora empinou o nariz e afirmou que dentro de seu partido, o PT, "não tem bandido", mas "pessoas que podem ter errado". Provocou hip, hip hurras da plateia petista que a ouvia, inclusive do presidente Lula, que não perde mais nenhum evento em que a loira esteja presente.
Na lista
Gleisi integra a lista de parlamentares investigados pelo STF (Supremo Tribunal Federal) na Operação Lava Jato. Ela também é ré na corte. É suspeita de ter recebido dinheiro de caixa dois da Odebrecht durante suas campanhas em 2008, 2010 e 2014. A petista nega as acusações e diz que as doações eleitorais foram feitas dentro da lei.
Palocci pode entregar Lula
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a ser alvo do ex-ministro Antonio Palocci, preso na Operação Lava-Jato. Em conversa com advogado, ele informou que, junto com Lula, teria sido beneficiário de um terço de propinas pagas durante a criação e montagem da Sete Brasil, em 2010. Lula soube do relato e rebateu, em entrevista a uma rádio do Nordeste.
Chamada aos deputados
O feriado se alongou na Assembleia Legislativa do Paraná. Ontem dez deputados estaduais não compareceram à sessão plenária. O registro de presença existe para garantir a participação durante as votações de pauta de projetos. As faltas sem justificativas são, promete o regulamento, descontadas dos salários dos parlamentares.
Gazeteiros
Ontem, dos dez que não compareceram, quatro justificaram. Mas como o regimento é um tanto flexível, os que não responderam a chamada nem contaram o motivo, ainda há prazo de um mês para se explicarem sem prejuízos.
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