Lula na frente
Macunaíma exulta. O ex-presidente Lula tem todas as chances de voltar à Presidência da República. Desde que não seja impedido pelas ações judiciais que enfrenta na Lava Jato. O Estadão divulgou na quinta-feira pesquisa Ibope em que o ex-presidente aparece com o maior potencial de votos. Segundo o IBOPE, aumentou o número de eleitores que dizem que votariam em Lula: 30%, ou os que poderão votar nele: 17%. E a rejeição caiu 14% desde 2015.
O percurso inverso fizeram os tucanos. Desde outubro de 2015, os que votariam com certeza ou poderiam votar no senador Aécio Neves, do PSDB, despencou de 41% para 22%. O potencial do senador José Serra (PSDB-SP) caiu de 32% para 25%, e o do governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP) foi de 29% para 22%. Os três tucanos aparecem na pesquisa com taxas de rejeição superiores à de Lula: 62%, 58% e 54%, respectivamente. A novidade tucana, João Dória, também não está com tudo, como pensam marqueteiros apressados. Segundo o Ibope, 12% dos eleitores votariam com certeza em Dória. Pouco, mas em compensação sua rejeição também é muito menor que a dos concorrentes dentro do partido: 32%.
Assim como os nomes tradicionais do PSDB, a ex-ministra Marina Silva (Rede) sofreu redução de potencial de voto e aumento da rejeição. Agora, um terço dos eleitores a indicam como possível opção – eram 39% há um ano.
O Ibope entrevistou pessoalmente 2.002 eleitores, entre 7 e 11 de abril, em 143 municípios de todas as regiões do Brasil. A margem de erro é de 2%.
Marina quer Deltan
Marina Silva (Rede) publicou mensagem nas redes sociais na qual exalta não ter sido citada na Lava Jato. Atuando para trazer nomes do Judiciário para sua chapa em 2018, foi apresentada ao coordenador da força-tarefa, Deltan Dallagnol, pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP).
Moro não retaliou
Ao exigir que Lula esteja presente nos depoimentos das 87 testemunhas arroladas pela sua defesa, Moro não retaliou — apenas deixou ainda mais clara a chicana dos advogados do réu.
Mão no jarro
O ex-executivo da Odebrecht, Benedicto Júnior, afirmou em depoimento que o ex-ministro Paulo Bernardo recebeu R$ 934 mil “em dinheiro vivo” da empreiteira para incluir a obra da linha 1 da Trensurb, no Rio Grande do Sul, no PAC. Benedicto Júnior deu a informação ao prestar depoimento ao Ministério Público Federal no acordo de delação premiada no âmbito da Operação Lava Jato.
