Pediu propina
O ex-presidente e herdeiro do Grupo Odebrecht, Marcelo Odebrecht, um dos 78 delatores da Operação Lava Jato, afirmou em depoimento ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que o ex-ministro Paulo Bernardo – titular do Planejamento e das Comunicações nas gestões petistas de Lula e Dilma, respectivamente – pediu e recebeu uma "contrapartida" de R$ 64 milhões, em 2009, por uma linha de crédito obtida pelo grupo no Governo Federal. As declarações constam do depoimento prestado pelo empreiteiro no dia 1.º de março, na ação que pede a cassação por suposto abuso de poder político e econômico da chapa Dilma Rousseff-Michel Temer. Marcelo Odebrecht se referiu à "contrapartida específica" como um "dinheiro que pode ter vindo de maneira ilícita". O empreiteiro afirmou que a Odebrecht colocou R$ 150 milhões na campanha de Dilma em 2014, a maior parte paga em forma de caixa 2. O valor ficava em uma espécie de conta corrente controlada por ele e negociada diretamente com os ex-ministros Antônio Palocci e Guido Mantega.
Confiança na mídia
Levantamento encomendado pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência mostrou que os jornais impressos se mantêm na liderança como o meio mais confiável, com 58%. As pessoas informaram que confiam muito ou sempre nessa mídia, contra 53% do mesmo levantamento feito um ano antes. A informação é de João José Werzbitzki. Ou seja, a credibilidade do meio mais tradicional, no caso o jornal, se elevou em um ano 5 pontos porcentuais. No caso de TV e rádio, que aparecem na sequência, 54% e 52% das pessoas disseram terem plena confiança nesses veículos.
Outros veículos
A mesma pesquisa mostra que a desconfiança segue alta em relação a algumas mídias: 71%, 69% e 67% confiam pouco ou nada no que leem, respectivamente, em redes sociais, blogs e sites.
Tá tranquilo
O presidente Temer disse estar tranquilo em relação ao julgamento que pode cassar seu mandato. “Aguardo com tranquilidade aquele julgamento. O Judiciário fará aquilo que for melhor e aquilo que for combatível com o Direito”. A defesa de Dilma Rousseff pediu hoje mais cinco dias para se organizar melhor, o TSE cedeu. O julgamento deve se estender por, no mínimo, quatro ou cinco meses, apostam políticos e advogados que acompanham o caso.
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