O relatório da Polícia Federal, apresentado ao STF, que imputa crimes de corrupção passiva qualificada e lavagem de dinheiro à senadora Gleisi Hoffmann é longo e com detalhes da falcatrua. Dificilmente a loira e seu marido, Paulo Bernardo, escapam dessa.
O documento reúne planilhas, registros telefônicos e laudos técnicos, além das delações de executivos da Odebrecht e depoimentos dos sócios da Sotaque Brasil, agência de publicidade usada pela petista, segundo a Polícia Federal, para receber propina em sua campanha.
À PF, o publicitário Bruno Gonçalves Ferreira narrou a visita que fez à Braskem, em 2014, acompanhando Leones Dall Agnol, chefe de gabinete da senadora. Segundo ele, Leones e Fernando Migliaccio conversaram sobre “verbas para a campanha” e que se tratava de “muito dinheiro”.
Em sua delação, Marcelo Odebrecht explicou que os R$ 4 milhões pagos a Gleisi saíram de um montante de propina de R$ 64 milhões, solicitado por Paulo Bernardo e Antonio Palocci.