A campanha eleitoral pegou fogo, como se dizia antes que fosse adotado esse linguajar obtuso do politicamente correto. A verdade é que os candidatos estão a correr na frente do interesse do distinto público pela sucessão no Paraná. Ratinho Jr e Osmar Dias correm atrás de apoios no interior.
Cida Borghetti não sai em correrias do tipo. Não precisa. Os prefeitos e lideranças políticas e empresariais vêm a ela o tempo todo. Afinal, ela será governadora antes de todos. Em abril, quando Beto Richa se licenciará para disputar o Senado.
É impressionante a velocidade de Ratinho Jr na visitação aos municípios e sua resistência para tantas reuniões, palestras e discursos de ocasião. Também impressiona o esforço que Osmar Dias passou a fazer para acompanhar o passo do adversário. Só há uma certeza sobre as eleições do ano que vem. Ela está aberta. Ninguém pode cantar vitória.
Ratinho na frente
A Paraná Pesquisas ouviu os londrinenses sobre a disputa do governo. Ratinho Júnior, com 31%, está na frente, em confortável distância. Atrás Osmar Dias, com 24,8%, seguido de Requião, com 18,3%, Cida Borghetti tem 5,2%; Cesar Silvestri Filho, 1,3% e o petista Dr. Rosinha, com 1%.
Requião tira de Osmar
Se a disputa fosse apenas entre Ratinho Júnior, Osmar Dias e Cida Borghetti, o deputado teria 35,7%, o ex-senador 32,7% e a vice-governadora 6,2%.
Alvaro em Londrina
Se as eleições fossem hoje, os eleitores de Londrina elegeriam o senador Alvaro Dias à Presidência da República. Paraná Pesquisas mostra que o senador do Podemos teria 33% das intenções de votos. Jair Bolsonaro seria o segundo, com 21%. O ex-presidente Lula teria 7,5%, seguido de Luciano Huck, com 7,3%. A ex-senadora Marina Silva aparece com 4,9%. Geraldo Alckmin, cm 4,8%, Ciro Gomes, com 3,6%; e Henrique Meirelles, com apenas 1,3%.
Requião fora do PMDB
A expulsão da senadora Kátia Abreu (TO) por infidelidade partidária abre caminho para que o conselho de ética do PMDB instale procedimento semelhante contra o senador Roberto Requião, por razão semelhante. É o sonho da cúpula do partido. Como Abreu, ele votou contra o impeachment da ex-presidente Dilma e tem se aliado ao PT para votar contra projetos importantes do governo do PMDB.
Petistas de coração
A dupla também votou contra a reforma trabalhista e critica a reforma da Previdência abertamente, ambas cruciais para o governo do PMDB. Requião e Kátia Abreu também se posicionaram contra o presidente Michel Temer, do PMDB, no caso das duas denúncias da PGR.