Ora, pois, os candidatos se mexem, percorrem os municípios, pedem apoios e o eleitorado continua na dele. Há 10 meses das eleições, a disputa no Paraná está aberta. Vejam só: dos eleitores entrevistados pelo IRG, 65,24% não sabem em quem vão votar para governador e 24,15% afirmaram que não votam em nenhum candidato na disputa do Palácio do Iguaçu. Os números para o Senado são maiores: 69,31% não sabem em quem votar e outros 18,78% afirmaram que não votarão em nenhum candidato ao Senado.
Os números são menores para eleição presidencial: 49,12% não sabem em quem votar e 16,05% não votariam em qualquer candidato a presidente. “Os eleitores estão mais antenados com os escândalos na política do que para quem vão votar nas eleições de outubro. Em eleições anteriores, estes números não eram tão altos assim. Isto é um reflexo da atual conjuntura, o que dará mais trabalho aos candidatos convencer os eleitores”, explica o deputado federal João Arruda, do PMDB.
De olho no Osmar
Os observadores palacianos acompanham a transmutação do candidato Osmar Dias, do PDT, que se afastou de vez das plumas do tucanato e afina o discurso contra Beto Richa. Nesta nova postura, Osmar passa a fazer coro com Requião, o adversário direto de Richa ao Senado.
Identidade nova
Osmar ganha identidade nova. Passa à condição de único candidato de oposição ao atual governo. Tanto Cida Borghetti quanto Ratinho Jr, seus principais adversários, são governistas. Na oposição ao atual governo, Osmar atrai o que restou da esquerda nativa.
“Dia da Revolta”
O PT quer transformar Curitiba em praça conflagrada. Mesmo condenado na Lava Jato, José Dirceu conclamou militantes petistas para o “Dia da Revolta”, 24 de janeiro. Nesta data, o Tribunal Federal Regional da 4.ª Região julgará o ex-presidente Lula no caso do triplex do Guarujá, um apartamento que Lula teria recebido como propina.
Mais ação
Dirceu afirmou que “a hora é de ação, não de palavras”, sugere que se transforme em energia “a fúria e revolta, a indignação e mesmo o ódio”, e que sejam criados comitês em defesa de Lula, para, em suas palavras, “desmascarar e combater a fraude jurídica e o golpe político”.