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Espaço Poético

Vício de Amar

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Não, não é pelo vício que anseio por ti,

Mas pelo amor.

Teus olhos teriam sido suficientes para mim

Na ausência dos teus lábios.

Enquanto eu escrevo palavras de amor

Que não sabem e não significam nada,

Mas se proferidas por tua boca,

São capazes de me embriagar.

Me pergunto se o amor tem o direito de arrebatar

Uma pessoa do seu destino, talvez até banal,

Mas cheio de tranquilidade.

Sim, respondo para mim.

E cada vez mais me convenço disso.

Porque um amor, aquele que te marca e também te tira o ar,

Muda a alma tornando-a quase tão inconsciente,

Como se vivesse mergulhada

Na profunda letargia do verbo amar.

Autoria: Juciane Afonso

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