Tanto pranto, tanta dor.
Meu físico já não importa,
A medicina dissolve.
Com uma trombada, fui destruída,
Me montaram como um quebra-cabeças.
Passeei pela vida mancando, disfarçando,
Altos e baixos, acertos e tropeços.
Amores, paixões, tequilas, loucuras,
Telas, pincéis, homens, às vezes mulheres.
Cores, beija-flores e um macaco de estimação.
Às vezes ternos, noutras saias longas coloridas,
Flores na cabeça, que sempre mantive erguida
Minha inquietação era na alma,
E esta, dilacerada
E não há nenhuma droga que amenize.
Coluna quebrada, peito rasgado
Coração dilacerado…
Só queria um pouco de paz na casa azul.
Meu tempo é contado, morrer é renascer.
Amada por alguns e até incompreendida.
Arriba!
Sou mexicana, filha de índia,
Sou forte, valente,
Sofrida, sou Frida!
Poema: Juciane Afonso – Obra: Lucy Reina Orquiza