Sem amor,
Meu próprio sangue se torna um peso para as veias,
Até o ar em meus pulmões explode dentro de mim.
Me vejo assim…
Afundando a cara dentro do peito.
Enquanto meus pensamentos reverberam
Como gritos das tropas nas trincheiras do coração.
E eu aqui…
Vivendo neste vácuo, suportando sua ausência,
Perdido como gato, vagando pelas ruas
Disfarçando o desgaste aparente da solidão.
Solidão que aprisiona, e mantém cativa alma
E o coração deste poeta.
Seu vulto como a noite, desce sobre mim.
E daquela imagem ao lado do meu travesseiro
Que antes eu cingia, como prêmio da vida nos meus braços
Só restam as doces lembranças.
Autoria: Juciane Afonso