Ao longo dos anos de história, o Brasil viveu períodos de paz entremeados com revoluções, ditaduras, guerras, que moldaram as características do viver brasileiro. Durante todo esse tempo, foram registradas atuações de inúmeros heróis na luta para derrotar traidores, estes necessários a fim de confirmar a coragem e determinação daqueles.
Vivendo hoje o ano 2016 verificamos decepcionados a presença cada vez maior de vilões, cujas atuações parecem obscurecer os atos dos cidadãos formados pela moral e pela ética. Informados pelas reportagens trazidas aos nossos lares pela mídia, constatamos a formação de grupos de marginais, atuando em áreas contrastantes, mas cujas ações tornam nossas vidas cada vez mais inseguras em relação ao futuro. De um lado, enfurnados em vielas e becos das favelas, onde a lei não os alcança, estão os sequestradores, os traficantes de drogas, criaturas guiadas pela maldade que desconhecem o valor do respeito, da dignidade, do amor ao próximo. De outro lado estão os eleitos pelo povo, instalados em amplos ambientes climatizados, servidos por secretários atentos.
diferença entre a atuação dos grupos é que os das favelas agem na calada da noite, ou durante o dia, em lugares ermos, enquanto os opostos servem-se de terceiras pessoas orientadas sigilosamente, através das vias da impunidade. Entretanto, o objetivo dos grupos é sempre o mesmo: engordar a conta bancária e o enriquecimento ilícito à custa dos pobres mortais brasileiros. O recurso dos bandidos comuns, quando presos, é promover rebeliões nas penitenciárias, ou quando poderosos, comandar o crime organizado através de telefones celulares de dentro dos presídios.
Enquanto isso, os vilões bem postos jamais irão para a cadeia porque se servem dos recursos por eles próprios criados; a imunidade parlamentar ou o foro privilegiado. O que nos preocupa é pensar como será o registro da história do Brasil nestes tempos vividos por nós adultos sob as múltiplas tensões enfrentadas ao desamparo das leis.
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