É uma pergunta que não deve calar, que deve estimular a nós brasileiros a buscar respostas sinceras, objetivas que ponham fim ao velho e requentado dilema do ser ou não ser.
Urge tomarmos decisões que tragam a luz da verdade, muitas vezes oculta sob o véu da dissimulação com que se envolvem os sempiternos senhores das idéias concretas, absolutas, aniquiladoras das desigualdades sociais, promotoras da reestruturação da dignidade humana. Julgando-se dotados de poderes sobre-humanos eles surgem a cada quatro anos, apresentando propostas miraculosas para resolverem todos os problemas que afligem o povo brasileiro há tanto tempo. E nós, acreditando nas suas intenções os elegemos, ajudamo-los a galgar os degraus do poder e os instalamos no conforto dos aquinhoados pela boa sorte. E vemos os anos passarem e as promessas com que fomos iludidos, vão se diluindo, reduzindo-se pouco a pouco ao nada que o vento do tempo despersa até que, findos os quatro anos, eles, os cadidatos retornam com promessas renovadas e o povo que nunca deixa morrer a esperança, repete o erro e tudo recomeça. Será que ainda teimamos em ser imaturos a ponto de repetirmos o erro indefinidamente?
Afinal, quem são esses milagreiros? De que força especial são dotados para proporem mudanças nas engrenagens de um sistema de governo por eles próprios montado? Analisando-se os candidatos, provavelmente há entre eles chefes de família bem estruturados que talvez intentem propiciar às demais famílias o bem-estar desfrutado por eles no lar construído com dignidade. Para termos tal certeza teríamos que dispor de meios para chegarmos à conclusão acertada. Mas na vertigem com que o processo eleitoral acontece, dificilmente chegaremos à almejada decisão. E nesse roldão, prosseguiremos sonhando com o amanhã mais seguro, mais tranquilo, com mais progresso, saúde e segurança para todos nós, pobres sonhadores incorrigíveis.