As notícias emitidas pelos órgãos da imprensa vêm abalando a opinião pública há muito tempo pela gravidade dos conteúdos. A impressão que têm as pessoas que prezam a honestidade como princípio de conduta é a de que o Brasil é um barco a navegar sem rumo. Talvez a razão desse desvio de roteiro sejam ecos do passado do timoneiro ter andado pelo mundo buscando aplausos para os seus feitos, na maioria ignorados pelos brasileiros. A pergunta que se lança ao ar é sempre a mesma: a quem compete julgar os desmandos verificados nos mais diversos setores da vida pública? Ao que nos parece só são punidos os infratores sem projeção social. Quanto aos eminentes, estes arquitetam artimanhas com ajuda de figurões carimbados na prática de saídas sem deixarem pegadas na areia das suas passagens. Enquanto isso, crianças e adultos morrem sem assistência nos hospitais por carência de atendimento. Para os protegidos, aliados dos políticos da situação, tudo transcorre num mar de rosas, tão cômodo que até podem avançar além das margens estabelecidas por leis elaboradas por eles próprios. O que se pode esperar desses cidadãos que se intitulam políticos, os quais na atual conjuntura estão se propondo a mudar o rumo da nossa história? Infelizmente, ao invés das tão sonhadas mudanças, o que se constata é o crescimento das falcatruas, dos escândalos que se encadeiam generalizados, abrangendo todos os pontos do Brasil. Até quando poderemos esperar soluções da justiça para vermos extintos esses atos que não só nos entristecem, mas também nos cobrem de vergonha, de arrependimento, por termos usado nosso voto para dar poder a brasileiros destituídos de moral? Até quando vamos presenciar o retrocesso do Brasil? Vamos clamar um basta para tantos vitupérios e colocar o nosso país na trilha da honestidade, do bem viver, propiciando a todos o renascer da esperança.
