Por: Kátia Muniz
Cada pessoa tem um ritmo nas horas de sono, que consegue colocar em prática quando as responsabilidades e as obrigações não batem à porta.
Se você prefere dormir quando já é madrugada e, por consequência disso, acaba acordando tarde, coitado!
A padronização no mundo das empresas pede que às 8h da manhã você esteja a postos. Isso significa que, dependendo da cidade onde mora e do meio de transporte que utiliza, precisa se pôr em pé com duas, três horas de antecedência. Lembrando que, para muitas pessoas, se pôr em pé não é o mesmo que acordar.
Algumas balbuciam um bom-dia pouco audível enquanto se arrastam. O cérebro automatizado fornece os comandos. Banheiro é aqui. Café da manhã. Escolha uma roupa, escolha uma roupa…, apresse-se, pois a hora voa.
Lá vai você dirigindo o seu automóvel. Executa os movimentos no piloto automático que o carro, infelizmente, não possui. Vira à direita, vira à esquerda. É um perigo à solta. No trânsito, ninguém percebe suas pálpebras pesadas, suas olheiras acinzentadas, seu mau humor, seu sono brutalmente interrompido.
Durante a manhã, fala o mínimo possível. Torce para que não seja preciso tomar nenhuma decisão. Morre de medo de se comprometer com algo que, ao acordar, não possa cumprir.
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Serviços executáveis em quinze minutos levam uma hora. Você disfarça o indisfarçável. Tenta, sem sucesso, colocar para funcionar o seu corpo, que deseja uma cama.
Sempre admirou os que estão às 6h da manhã praticando exercícios físicos; os pedreiros que, às 7 horas, pontualmente, chegam às obras; os professores que se põem a ensinar para os alunos que bocejam.
Almoça, faz a sesta, espreguiça-se, lava o rosto. Coloca, enfim, um sorriso verdadeiro. Fala em tom firme e anda com passos certeiros. Finalmente, acordou.