Crônicas

Recomeços

Por: Kátia Muniz Caro leitor, é possível que você se encontre em férias, aproveitando os momentos de calmaria, depois de um ano inteiro de muita labuta. Mas pode ser que ...

Kátia Muniz

Kátia Muniz

Por: Kátia Muniz

Caro leitor, é possível que você se encontre em férias, aproveitando os momentos de calmaria, depois de um ano inteiro de muita labuta. Mas pode ser que permaneça trabalhando, pois desfrutou apenas do recesso concedido no fim do ano e, agora, mantém-se envolvido com a rotina inerente à sua profissão. Quem sabe esteja assim como eu, buscando um jeito de recomeçar, ou seja, dando aquele passo imprescindível para que a vida siga adiante. Realmente, desconheço a sua condição atual, mas caso tenha resolvido abrir o jornal ou procurar a coluna de crônicas no site, saiba: estou de volta, depois de um breve hiato, acreditando estar mais reflexiva do que de costume.

Não há ocasião melhor que a virada de ano para promover a ação de olharmos para dentro de nós. No entanto, eu sempre cultivei o hábito de me investigar, ficar a sós comigo mesma nunca foi algo embaraçoso. Porém, sei que não funciona assim para a maioria. Muitos entendem como uma tarefa árdua o ato de fazer um mergulho interno (vai saber o tamanho do abismo) e, por esse motivo, fogem do embate. 

Todavia, é natural que, nessa época, as pessoas realizem um balanço geral do ano anterior e comecem a traçar metas, fazer planos e idealizar projetos para o vindouro.

Mesmo entendendo que a transição do calendário, trata-se apenas da sequência natural dos dias, que entre o término do dia 31 de dezembro e o início de 1º de janeiro quase nada muda e que o novo ano não vai nos blindar de notícias como queda de aeronaves, acidentes de trânsito, perdas irreparáveis, doenças, enchentes… e para aliviar o percurso, alguns dias merecerão um brilho especial, seja ao descobrir a gravidez que tanto foi desejada, o pedido de casamento para a pessoa amada, o “sim” na entrevista de emprego ou a vaga alcançada na universidade… Ainda assim, tendo a consciência de que tudo isso faz parte da vida, necessitamos de doses generosas de esperança.

Um ano zero quilômetro provoca em nós a sensação de que tudo será diferente e, sinceramente, não existe problema nisso. Sentimentos leves ajudam a equilibrar o lado emocional, bem como atravessar as dificuldades que a vida nos impõe e que não são poucas, sabemos.

Portanto, sigamos em frente. De preferência, com o coração aberto, dispostos a abraçar as oportunidades, suturar os machucados e sorrir sem economia.

É preciso recomeçar. Eu, você e todos nós.

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Kátia Muniz

Kátia Muniz é formada em Letras e pós-graduada em Produção de Textos, pela Faculdade Estadual de Filosofia, Ciências e Letras de Paranaguá (hoje, UNESPAR). Foi colaboradora do Jornal Diário do Comércio por sete anos, com uma coluna quinzenal de crônicas do cotidiano. Nos anos de 2014, 2015 e 2016 foi premiada em concursos literários realizados na cidade de Paranaguá. Em outubro de 2018, foi homenageada pelo Rotary Club de Paranaguá Rocio pela contribuição cultural na criação de crônicas.