Por: Kátia Muniz
Ah, garota, você quer amar, eu sei! Procura alguém para chamar de seu. Você e a torcida de todos os times, imagino.
A partir daí, decide que o primeiro passo é caprichar na produção. E lá se vão rios de dinheiro em cremes, roupas, perfumes e maquiagens.
Passa horas em frente ao espelho, arrumando o cabelo, delineando os olhos, experimentando composições de roupas, até que dá o veredito: estou pronta!
Na balada, vê um rapaz muito bonito e decreta: “É ele.”
E então, praticamente se desmonta de tanto dançar. Rodopia o cabelão de um lado para o outro, senta um pouco, cruza as pernas com charme… e o indivíduo não percebe nada.
Achando que o tal rapaz não enxerga direito, resolve ir mais perto dele. Continua dançando, soltando a Beyoncé que há dentro de você. Em vão.
Volta para casa bocejando, na companhia de uma dor de cabeça tremenda. Não foi dessa vez. Quem sabe em outro dia?
No fim de semana seguinte, sabe-se lá por que motivo, você não quer sair. Veste uma calça de moletom, uma camiseta com estampa do Mickey, prende o cabelo de qualquer jeito, não passa batom e decide, assim, bem à vontade, ir ao supermercado comprar algo para comer em casa, enquanto vê um bom filme.
Tcharan! Olha lá o seu príncipe escolhendo uns tomates! E já te deu bola, percebeu?
Percebeu, sim. E, entre uma gôndola e outra, trocam números de telefones. Depois de algumas mensagens e telefonemas, encontram-se. De tanto se encontrarem, acabam namorando. Até que o final feliz acontece: casam-se.
Você não acredita? Acredite. Fui madrinha.