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Ciência e Saúde

Médico explica sobre o poder de transmissãoe a ameaça do Coronavírus

Dr. João Felipe Zattar Aurichio esclareceu algumas questões envolvendo a doença

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Após o surgimento do Coronavírus na cidade chinesa de Wuhan, atingindo milhares de pessoas, o vírus já se espalhou para outros oito países Arábia Saudita, Cingapura, Coreia do Sul, Estados Unidos, Japão, Tailândia, Taiwan e Vietnã. Apesar de no Brasil não haver confirmação da doença, há casos suspeitos sendo investigados em alguns Estados.

O médico Dr. João Felipe Zattar Aurichio explicou que o Coronavírus é conhecido há mais de 60 anos.

“A primeira infecção em seres humanos foi registrada em 1960. Temos vários subtipos da doença, pois se trata de uma família de vírus. Na medicina, tudo que é arredondado, usamos esse prefixo ‘coro’ e se observarmos o vírus através de um microscópio eletrônico, vamos ver que ele é arredondado”, esclareceu sobre a nomenclatura do vírus.

A cidade chinesa de Wuhan, onde surgiu o surto de Coronavírus, foi isolada. Lá, foi identificado o chamado Coronavírus 2019-nCov ou novo Coronavírus. “Os vírus sofrem muita mutação e esse é um dos que mais sofrem. Eles têm alta mudança no comportamento genético e o ele muda para aumentar o potencial de infecção. A existência do vírus só é possível quando infecta algum organismo”, afirmou Zattar.

Não existe vacina contra esse tipo de vírus e, segundo o médico, dificilmente ela existirá. “Como ele muda muito, a cada três ou seis meses ela teria que ser reformulada”, esclareceu.

De acordo com o médico João Felipe Zattar, a orientação da OMS é para que, assim que os primeiros sintomas surgirem, as pessoas procurem ajuda médica imediata

Alto poder de transmissão

O grande receio dos profissionais que atuam na área da saúde é quanto à capacidade desse vírus. “A transmissão pode acontecer por gotículas de mucosa, da boca e do nariz. Há uma suspeita de que uma pessoa pode transmitir para outra que esteja a até um metro e meio de distância. A transmissão se dá também através do contato, levando a mão à boca, ao nariz, aos olhos”, relatou Zattar.

De acordo com ele, qualquer pessoa está suscetível a pegar o vírus.

“Há relatos na China em crianças de seis meses de idade até idosos de 90 anos. No entanto, algumas pessoas adquirem o vírus e não desenvolvem a doença. Essa pessoa também pode transmitir o vírus mesmo sem saber que está com a doença”, acrescentou Zattar.

A pessoa que adquire o vírus pode começar a apresentar os sintomas de sete a 15 dias após a infecção. “Chamamos na medicina de período de incubação. Esse tempo é crucial, porque a pessoa não sabe que está com o vírus e está transmitindo.

A cidade chinesa de Wuhan, onde surgiu o surto de Coronavírus, foi isolada

Sintomas

Os sintomas apresentados pelo Coronavírus são parecidos com os da gripe, como febre, tosse e dificuldade para respirar. “A doença pode evoluir para um quadro respiratório gravíssimo em 24 horas, que é um quadro em que há uma inflamação tão grande no pulmão que o paciente entra em insuficiência respiratória. Isso pode resultar em uma parada cardíaca e comprometer órgãos como o fígado e o rim”, explicou o médico.

Tratamento

Não existe tratamento específico para infecções causadas por Coronavírus humano. Neste caso, as orientações são repouso e consumo de bastante água, além de algumas medidas adotadas para aliviar os sintomas, conforme cada caso.

Por exemplo, uso de medicamento para dor e febre (antitérmicos e analgésicos) e uso de humidificador no quarto ou tomar banho quente para auxiliar no alívio da dor de garanta e tosse. A orientação da OMS (Organização Mundial da Saúde), é para que, assim que os primeiros sintomas surgirem, as pessoas procurem ajuda médica imediata para confirmar diagnóstico e iniciar o tratamento.

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