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Ciência e Saúde

Estado confirma 30 casos de dengue no litoral do Paraná

Matinhos (14), Paranaguá (9), Guaratuba (6) e Antonina (1), respectivamente estiveram presentes na lista de municípios do litoral com casos de dengue (Foto: EBC)

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Informe Técnico da SESA indica aumento de nove para 21 casos autóctones da doença em cerca de sete dias

Na segunda-feira, 20, o Governo do Estado, através da Secretaria de Estado da Saúde (SESA), divulgou boletim epidemiológico dos casos de dengue confirmados em todo o Paraná abrangendo período do dia 29 de julho de 2018 até 18 de maio de 2019. O Informe Técnico 34, elaborado pela Superintendência de Vigilância em Saúde e Sala de Situação em Saúde, aponta a ocorrência de 30 casos autóctones confirmados de dengue no litoral. Desde o último boletim divulgado pela SESA no dia 13 de maio, segundo os dados, houve crescimento de nove registros confirmados de dengue nos municípios litorâneos para 30, um aumento de 21 casos em cerca de sete dias.

O último boletim apontava existência de cinco casos em Paranaguá e quatro em Guaratuba. Os dados cresceram de forma alarmante em sete dias, pois, segundo o informe divulgado nesta segunda-feira, 20, Matinhos, que não tinha nenhum registro de dengue, passou a ter 14 casos confirmados. A segunda cidade com mais números da doença no ranking é Paranaguá, que cresceu de cinco registros autóctones para nove. Guaratuba, que tinha quatro casos na semana passada, passou para seis. O último município com apontamento de existência de dengue é Antonina com um caso. Nenhum registro de dengue grave foi contabilizado no litoral pela SESA.

RISCO CLIMÁTICO ALTO PARA PROLIFERAÇÃO DO AEDES AEGYPTI

Segundo a SESA, o Serviço de Alerta Climático de Dengue do Laboratório de Climatologia da Universidade Federal do Paraná (UFPR), através do Laboratório de Climatologia, aponta que a parte do litoral que abrange Paranaguá, Matinhos, Guaratuba e Pontal do Paraná está com risco climático alto para a proliferação do Aedes Aegypti, o mosquito transmissor da dengue.  Outro dado destacado pelo Informe Técnico é de que a região litorânea do Paraná está com infestação alta do mosquito transmissor nas residências dos munícipes, principalmente em Paranaguá, Antonina e Morretes, segundo o mapa divulgado. – “Municípios infestados são aqueles com disseminação e manutenção do vetor nos domicílios. No Paraná incluem-se nesta categoria 329 municípios (82,5%)”, explica a SESA.

Litoral está com infestação alta do mosquito nas residências  (Foto: Setor de Dengue da Semsap de Paranaguá)

MAIS DE 8 MIL CASOS DE DENGUE NO PARANÁ 

Segundo o informe epidemiológico da SESA, 8.158 casos de dengue foram confirmados no Paraná. “São 1.386 a mais que na semana anterior, que apresentou 6.772 casos confirmados. Os casos autóctones, contraídos na própria cidade de residência, são 7.869. E 21 municípios apresentaram autoctonia pela primeira vez. Matinhos está entre estas cidades com 14 casos”, afirma o Governo do Estado.

“Estamos intensificando as ações de combate em todo Litoral, com busca ativa de criadouros”, afirma o diretor da 1ª Regional de Saúde de Paranaguá da SESA, José Carlos de Abreu. “Em Matinhos vamos iniciar uma operação nesta quinta-feira, 23, em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde e Universidade Federal do Paraná para o monitoramento da presença do mosquito transmissor em toda a zona urbana”, complementa.

A operação em Matinhos terá a instalação de armadilhas que imitam ambiente do criadouro do Aedes Aegypti, algo que será feito em 87 residências da cidade.  “Vamos deixar um recipiente preparado para que o mosquito deposite os ovos e quatro dias após, na segunda-feira, 27, recolheremos o material para checagem de bairros com maior incidência”, complementa o diretor.

De acordo com a SESA, todos os proprietários das residências que contarão com armadilhas para o mosquito da dengue assinaram termo de autorização junto ao Estado. "O objetivo da operação é nortear as áreas com prioridades para o controle”, finaliza o biólogo da 1.ª Regional, Pedro Calderaro. 

Mapa divulgado no boletim aponta risco climático alto para proliferação do Aedes Aegypti no litoral

 

*Com informações da AEN.

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