Os estudantes dos terceiros anos da Escola Municipal Hugo Pereira Correia, localizada no bairro Porto dos Padres, estão realizando várias atividades dentro da campanha “É Doando que se vive”. A campanha foi lançada em agosto e está sendo desenvolvida em 31 estabelecimentos de ensino da rede municipal.
Na aula prática, o anjo seria o doador
Trata-se de uma parceria entre a Prefeitura de Paranaguá e o Ministério Público, para se trabalhar o tema doação de órgãos por meio de peças publicitárias e material jornalístico. O objetivo é conscientizar a população sobre o assunto.
Todas as escolas têm um ponto em comum: despertar nas crianças a conscientização sobre o tema. O que difere é a forma como vem sendo aplicado entre os estabelecimentos.
Quebra cabeças do corpo humano e os orgãos
Na Escola Hugo Correia, por exemplo, as professoras Tatiane Gonçalves e Paola Frison trabalharam o tema de uma forma que despertou perguntas nos estudantes. “Nós criamos um anjo que no caso seria o doador, aquele que transforma a dor em vida. Desta forma eles entenderam melhor a mensagem. A atividade foi realizada com os alunos dos terceiros anos do período integral e gerou uma série de questionamentos”, explica a professora Paola.
As crianças usam os orgãos no jogo da memória
A aluna Athalia Mendes, de 8 anos, ficou curiosa para saber como alguém pode viver com o órgão de outra pessoa. A menina contou que aprendeu que a doação de órgãos é importante para salvar vidas.
Raiane Vitoria, também de 8 anos, fez uma pergunta que chamou a atenção das professoras. “Quem recebe o coração será que vai ter os mesmos sentimentos, gostos e emoções da pessoa que doou?”, indagou a menina.
Durante as aulas as atividades são voltadas para o tema
O aluno Nicolas Delfino gostou da atividade e contou que aprendeu bastante sobre a importância da doação. “Nós montamos um quebra-cabeça na sala com o corpo humano e os órgãos. Eu também aprendi a localizar em mim os órgãos", contou.
A estudante Georgia Santana disse que o mais legal das atividades foi aprender que podemos doar os órgãos em vida. “Não é só quando a pessoa morre que pode doar os órgãos. Uma pessoa viva também pode doar. Por exemplo, o cabelo, o rim e o fígado”, explicou a menina.
A professora Tatiane Gonçalves destacou que o projeto é importante porque ajuda a informar até mesmo os adultos sobre o assunto. “Eu, por exemplo, não imaginava que poderíamos viver sem a medula, pois nunca tivemos informações precisas sobre essa questão. Hoje o esclarecimento está mais amplo e até as crianças sabem que todos nós podemos doar a medula”, ressaltou.