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Ano Novo

Tradição: Devotos preparam oferendas e homenagens para Iemanjá

Ritual simboliza pedidos para um ano melhor ou agradecimentos pelas graças alcançadas.

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Com a proximidade da virada do ano, cresce a venda dos artigos relacionados às tradições populares para atrair boas energias no ano que se inicia. Itens que integram as oferendas para Iemanjá são bastante requisitados.

De acordo com Rosalda Baka, proprietária da Casa São José, a qual funciona em Paranaguá desde 1945, o movimento é grande o ano inteiro, porém, em dezembro, cresce a procura pelos produtos relacionados à virada do ano e suas crenças.

“Quem vai passar o Ano-Novo em casa, ou seja, longe da praia, realiza tradições diferentes, mantendo tradições em torno da ceia com a família reunida. Uma delas é colocar sete grãos à mesa junto com a vela branca para atrair prosperidade. Algumas colocam também um copo com água e moedas, frutas, mel, pão e vinho e fazem seu pedido junto com a família”, explica.

Quem vai passar o Ano-Novo na praia costuma jogar flores, acender velas e lançar ao mar a tradicional barquinha de Iemanjá. “É uma forma de agradecer as conquistas do ano que está findando e mentalizar novos desejos. A pessoa lança a barquinha, pula sete ondinhas e também abre um champanhe e tem outras que levam a imagem de Iemanjá para banhá-la”, destaca.

Segundo a crença, Iemanjá é generosa e vaidosa. Gosta de receber presentes em retribuição pelas graças alcançadas, como, por exemplo, as flores que são levadas pelas águas junto com os desejos. Além disso, as velas também estão tendo uma procura acentuada neste ano.

“As pessoas compram o que chamamos de corrente, que são as três velas, de 7 dias, 14 dias e 21 dias, na cor azul  pois ela representa calma, serenidade e sabedoria”, ressalta. Outro motivo da procura pelos artigos em torno da rainha do mar é por causa da data.

“O dia de Iemanjá é 2 de fevereiro, mas no Sul a tradição é diferente do Nordeste e as pessoas costumam comemorar em dezembro. Iemanjá é a deusa dos mares e oceanos. Na Umbanda, ela é cultuada como mãe de muitos orixás e identificada com Nossa Senhora da Conceição. No candomblé, ela é representada como negra e usa roupas africanas”, explica.

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