O retorno das atividades presenciais marcou o ano nas escolas da rede estadual de ensino. O ano letivo de 2021 começou com incertezas na rede estadual de ensino. O planejamento era começar as atividades no modelo híbrido, mas o avanço da pandemia em fevereiro fez o Estado optar pelo início das aulas seguindo o modelo remoto adotado durante 2020, com o Aula Paraná e demais ferramentas, como o Google Meet, utilizado para as aulas ao vivo.
Embora tenha implementado um dos melhores sistemas de ensino remoto do Brasil, o objetivo era voltar ao ambiente escolar, uma vez que o modelo de aulas a distância não substitui completamente as atividades pedagógicas ofertadas de modo presencial.
Com os colégios ainda fechados, o Governo do Estado também seguiu com a entrega de alimentos da merenda para as famílias de alunos e alunas de maior vulnerabilidade social. A ação aconteceu no primeiro semestre, passando dos R$ 40 milhões em produtos distribuídos, e continuou até o fim do período, enquanto parte das instituições não abriam ou quando as abertas ainda tinham maior oferta de alimentos do que demanda, principalmente de produtos da agricultura familiar.
RETORNO GRADUAL
Com a melhora no quadro sanitário e a chegada de mais doses de vacina contra a Covid-19, o Governo do Estado deu início, em 10 de maio, ao retorno presencial gradual na rede de ensino. A ação aconteceu em paralelo com a vacinação dos profissionais da educação, priorizados no processo, de acordo com sua faixa etária. Duzentos dos 2,1 mil colégios estaduais abriram as portas inicialmente (cerca de 10% da rede).
Aliado a um dos mais rápidos avanços da vacinação de professores e funcionários de escolas do Brasil, o número de escolas abertas também foi gradativamente ampliado nas semanas seguintes, chegando a 55% no início de julho, antes do recesso escolar.
Além de ajudar na volta das atividades escolares, a vacinação também auxiliou na realização das eleições para diretores de 1,7 mil colégios. Anteriormente marcado para dezembro de 2020, o processo aconteceu em julho de 2021. A comunidade escolar definiu os novos gestores para os próximos quatro anos.
SEMANA A SEMANA
Com o início do segundo semestre, em 21 de julho, mais de 90% das escolas da rede abriram seguindo o modelo híbrido, com a totalidade de atividades presenciais sendo alcançadas nas semanas posteriores. Naturalmente, o índice de presença também foi crescendo semana a semana, e uma das consequências imediatas foi a redução no número dos estudantes que não estavam assistindo às aulas nem realizando as atividades escolares.
Já em setembro, com quase metade dos alunos em sala de aula, a Secretaria de Estado da Educação e do Esporte deu início à entrega de novos equipamentos e itens para os estudantes, como os kits de robótica, uniformes dos Colégios Cívico-Militares e, posteriormente, novos computadores. “Apesar de um certo receio natural no início, o retorno às salas de aula se mostrou seguro e foi fundamental, principalmente na parte pedagógica, pois o aprendizado quando o estudante está na escola é maior. A escola não existe sem o aluno e foi uma alegria ver a vida escolar ser retomada durante 2021”, analisa o secretário Renato Feder.
DEFINITIVO
Com a melhora contínua no quadro epidemiológico e a liberação das autoridades de Saúde, o ensino passou a ser 100% presencial. No fim de setembro, mais de 60% dos alunos já estavam no modelo presencial. A taxa foi crescendo à medida que os estudantes e colégios também se adaptavam à nova realidade.
Ao mesmo tempo, a vacinação também foi autorizada e iniciada no Estado para adolescentes de 12 a 17 anos, faixa que compreende mais de 80% dos estudantes da rede. Já em novembro, o índice de presença alcançou níveis próximos do pré-pandemia, próximo de 90%.
AVALIAÇÕES DIAGNÓSTICAS
Durante as novas adaptações no ensino presencial, a Secretaria da Educação também retomou a Prova Paraná para conhecer melhor o nível de apropriação dos conhecimentos dos estudantes em relação aos conteúdos e às habilidades consideradas essenciais para a etapa de ensino avaliada.
A avaliação de desempenho para todas as séries e em todas as disciplinas foi fundamental para que professores, equipes gestoras, pedagógicas e a própria secretaria diagnosticassem os principais prejuízos e, então, pudessem organizar melhor as ações e estratégias para aprimorar o ensino e a aprendizagem dos estudantes.
Também foram feitas outras avaliações focadas nas disciplinas e séries que participaram do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), outra importante ferramenta para diagnosticar a aprendizagem aplicada entre novembro e dezembro.
Na reta final do ano, a Secretaria da Educação também realizou o Se Liga, programa com foco na intensificação da aprendizagem tanto dos estudantes com dificuldades em conteúdos específicos quanto daqueles que apenas desejam melhorar as notas e o rendimento.
Fonte: AEN