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Meio Ambiente

Lideranças comunitárias apoiam programa da Portos Paraná para recuperar áreas degradadas

Representantes da empresa pública se reuniram com líderes de diversas entidades para apresentar o programa vai recuperar áreas degradadas da Baía de Antonina e região

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A Portos do Paraná deu continuidade nesta semana às ações de recuperação de Áreas de Preservação Permanente (APPs) nas regiões de Paranaguá e Antonina, no Litoral do Estado. Representantes da empresa se reuniram com líderes de diversas entidades, como a Cooperativa de Processamento Alimentar e Agricultura Familiar Solidária de Antonina e Região (Copasol), Associação dos Produtores Rurais de Antonina (Aspran), Grupo Agroflorestal Filhos da Terra e Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Antonina (STR Antonina).

O encontro teve objetivo de apresentar aos dirigentes das entidades o Programa de Recuperação de APPs Degradadas (PRAD), que abrangerá a Baía de Antonina e região, com ênfase nas bacias hidrográficas dos rios Cacatu, Faisqueira, Cachoeira e Pequeno.

Serão recuperados, com técnicas agroflorestais, cerca de 40 hectares que ficam em área de drenagem e que tiveram a vegetação nativa retirada, com impacto direto na quantidade de sedimentos carregados pela chuva até o mar. As bacias hidrográficas abrangem também locais dentro da Área de Proteção Ambiental Federal de Guaraqueçaba e o complexo estuarino de Paranaguá.

SISTEMA AGROFLORESTAL

Para João Paulo Santana, diretor de Meio Ambiente da Portos do Paraná, a reunião foi importante para dar sequência na implantação do programa. “Os líderes entenderam a importância da recuperação das áreas degradadas. Perceberam que não vão simplesmente plantar floresta, vão fazer isso com espécies de interesse econômico que podem, além de produzir comida, gerar renda, fortalecer a biodiversidade e sequestrar carbono da atmosfera”.

Santana explica que o Sistema Agroflorestal é uma das formas de gestão territorial gerida pela permacultura, que é a cultura permanente. “Cada ser humano tem que se responsabilizar pelos seus impactos, dos seus filhos e dos seus netos sobre o planeta. É uma das premissas da permacultura e o sistema agroflorestal entra diretamente ligado a esses princípios.

“Estamos recuperando a terra, evitando sedimento, trazendo biodiversidade, cultivando água, criando soberania alimentar para toda essa comunidade diretamente envolvida no projeto”, explica Santana.

O Programa de Recuperação de Áreas Degradadas, afirma, vem ao encontro das ações de redução de mudanças climáticas no planeta. “Todos esses projetos de parceria e conscientização das comunidades são premissas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, do qual a Portos do Paraná é signatária”.

APOIO

Suzane Álvares, coordenadora de implantação de sistemas agroflorestais da Ecotec, empresa contratada pela Portos do Paraná para gerir o projeto, conta que todas as entidades se dispuseram a apoiar o programa. “É fundamental que acreditem no projeto, juntos representam cerca de 300 agricultores e agricultoras da região. São eles que vão nos ajudar a mobilizar seus associados e cooperados para aderirem ao PRAD”.

“Agora vamos partir para as reuniões individuais, com cada entidade, em seu local, para explicar como funciona o projeto, tirar dúvidas dos agricultores e conquistar a adesão deles”, afirma Suzane. “Na medida que sejam assinados os termos de adesão, partimos para a parte prática, que é organizar os proprietários nos núcleos, pensar no local de implantação dos viveiros, elaborar os planos individuais”, finaliza Suzane.

PARTICIPAÇÃO

Também participaram da reunião, pela Portos do Paraná, Pedro Cordeiro, coordenador de Sustentabilidade; Bruno Simioni, coordenador de Monitoramento e Qualidade Ambiental, e a bióloga Jaqueline Dittrich. Pela Ecotec, Jair de Pontes, biólogo e responsável técnico; Gustavo Elste, analista de geoprocessamento; Angélica Soares, coordenadora socioambiental, e Gabriel Corbellini, analista socioambiental. Participaram, ainda, o engenheiro Fabio Azevedo, da Secretaria de Agricultura de Antonina; o professor Manoel de Flores Lesama, da Universidade Federal do Paraná, e o agrônomo Luís Fernando Parra Martins, do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná.

CONDICIONANTE

A execução do Programa de Recuperação de APPs Degradadas para a APA Federal de Guaraqueçaba foi estabelecida como condicionante da Autorização de Licenciamento Ambiental nº 10/2012, emitida pelo ICMBio, e da Licença de Instalação nº 1144/2016, emitida pelo Ibama, ambas referentes às obras de dragagem de aprofundamento do canal de navegação, acesso e berços do porto de Paranaguá.

AEN

Fotos Portos do Paraná/Ecotec

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